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Mauro Vieira e Sergei Lavrov firmam plano de diálogo político para os próximos anos

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o chanceler russo, Sergey Lavrov, estiveram em um encontro bilateral neste sábado, 27, em agenda às margens da 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Na reunião, ambos assinaram o “Plano de Consultas Políticas Bilaterais 2026-2029”, que na prática amplia o diálogo entre a diplomacia brasileira e a Rússia, em meio à guerra na Ucrânia. 

O encontro foi anunciado pelo Itamaraty. Vieira e Lavrov trataram “de temas bilaterais e também da agenda internacional, em especial a guerra na Ucrânia e questões  do âmbito da ONU”. O plano assinado pela dupla, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, “estabelece as prioridades do diálogo político bilateral para os próximos anos”. 

Na quarta-feira, 24, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já havia se encontrado com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também entre compromissos da Assembleia Geral da ONU. Após a rápida reunião, Zelensky disse ter ouvido de Lula que o brasileiro “fará o possível para a paz na Ucrânia”, dizendo também ter apreciado “sinalizações feitas pelo Brasil”. 

Em nota sobre o encontro entre os presidentes, o governo brasileiro afirmou que Lula “reiterou sua convicção de que não haverá saída militar para o conflito”, expressando apoio a diálogos diretos entre as partes e maior engajamento da ONU na busca por uma solução negociada.  

Nas últimas semanas, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, pediu em entrevista “um papel mais ativo do Brasil” para esforços de paz, reconhecendo e elogiando participação de Lula para intermediar, através de conversas com o presidente russo, Vladimir Putin, um encontro entre representantes de Kiev e Moscou, que aconteceu em Istambul. 

A guerra na Ucrânia também foi tema durante o discurso de Lula à Assembleia Geral, na terça-feira, 23. O brasileiro enfatizou um possível papel do Brasil como mediador, afirmando “todos já sabemos que não haverá solução militar”. “Isso implica levar em conta as legítimas preocupações de segurança de todas as partes. E a Iniciativa Africana e o Grupo de Amigos da Paz, criado por China e Brasil, podem contribuir para promover o diálogo”, disse, na ocasião. 

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