O ministro Alexandre de Moraes autorizou, nesta sexta, que o delator Mauro Cid preste depoimento novamente no STF como “informante do juízo” na nova leva de depoimentos de testemunhas de defesa e de acusação que falarão no tribunal entre 14 e 21 de julho, por videoconferência.
As testemunhas chamadas para esta fase do processo foram escolhidas pela PGR e por seis réus que integram o núcleo 2 da trama golpista denunciada pela Procuradoria ao Supremo. Integram o grupo Fernando de Sousa Oliveira, Filipe Garcia Martins Pereira, Marcelo Costa Câmara, Marília Ferreira de Alencar, Mário Fernandes e Silvinei Vasques.
No mesmo despacho em que marcou o depoimento de Cid para o dia 14, Moraes rejeitou todas as alegações das defesas dos réus sobre irregularidades e inconsistências na ação do golpe. Um dos pontos, levantado pela defesa de Marcelo Câmara, tratava da nulidade da delação de Cid em virtude de mentiras durante o depoimento ao Supremo e mensagens clandestinas — reveladas por VEJA — trocadas por ele com o advogado Eduardo Kuntz, a partir de um perfil @gabrielar702 no Instagram.
Além de rejeitar os pedidos da defesa, Moraes também não autorizou que outros réus da trama golpista, como Walter Braga Netto e Jair Bolsonaro — entre outros –, fossem ouvidos como testemunhas de defesa.
O ministro, no entanto, deferiu pedidos das defesas, como o acesso integral aos materiais apreendidos nas investigações e não juntados aos autos e a autorização para a realização de perícias independentes por alguns dos réus.
