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Mauro Cid apresenta nesta terça seus últimos argumentos a Moraes no STF

Único delator das investigações que envolvem o bolsonarismo no STF, o tenente-coronel Mauro Cid vai apresentar, nesta terça-feira, as suas alegações finais na ação do plano e golpe de Estado.

Trata-se da última oportunidade de Cid tentar convencer o ministro Alexandre de Moraes e os demais integrantes da Primeira Turma do STF de que é merecedor do perdão judicial e de outros benefícios previstos no acordo de colaboração premiada firmado com a Polícia Federal.

Há quinze dias, a PGR apresentou os argumentos finais da acusação e pediu ao Supremo a condenação dos réus do chamado “Núcleo crucial” da trama golpista. No texto, Paulo Gonet acusou Jair Bolsonaro de “liderar organização criminosa armada” que “desenvolveu e implementou um plano progressivo e sistemático de ataques às instituições democráticas”. O chefe da PGR pediu a condenação do ex-presidente por crimes que, somados, podem chegar a mais de quarenta anos de pena.

Ao abordar a situação de Mauro Cid, o procurador-geral citou reportagens de VEJA que revelaram mentiras e omissões do delator e sugeriu a Moraes que avalie “o grau de lealdade” do delator na colaboração. Gonet manifestou-se contra a concessão de perdão judicial a Cid e defendeu que ele recebe o benefício mínimo previsto no acerto com a PF.

“Ainda que a colaboração de Mauro Cid tenha, em certa medida, contribuído para o esclarecimento dos fatos sob investigação, persistem indícios de condutas possivelmente incompatíveis com o dever de boa-fé objetiva, consistentes, em grande parte, nas omissões do réu quanto a fatos relevantes. O primeiro desses episódios remonta à matéria veiculada pelo portal de notícias Revista Veja, em 21.3.2024″, escreveu Gonet.

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No documento que será apresentado ao STF, a defesa de Cid deve reforçar argumentos já apresentados no curso do processo, como o papel vital de Cid para o desfecho das investigações e a eficácia de seus depoimentos aos investigadores.

Passado o prazo para as alegações finais de Cid, os outros réus, incluindo Bolsonaro, terão agora quinze dias para também apresentar suas últimas cartas ao Supremo. Depois disso, a Corte estará pronta para iniciar o julgamento da cúpula da trama golpista.

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