Fala, pessoas!
A coluna de hoje vem com aquele ar de utilidade pública. Em meio a tantas discussões políticas, debates no Congresso e movimentações pelas ruas (e redes) do país, tem algo que anda ficando de lado, mas que é essencial: a nossa boa e velha língua portuguesa.
É comum ver por aí, em postagens de figuras públicas ou autoridades, alguns deslizes na escrita. E isso não tem a ver com partido ou cargo, mas com a responsabilidade de quem comunica para milhões de pessoas todos os dias.
Afinal, a linguagem é uma ferramenta poderosa, e quando usada com atenção, ela informa, educa e inspira.
O deslize da vez: “mau feitos”
Recentemente, um exemplo chamou a atenção nas redes sociais. Em uma postagem no X (antigo Twitter), o deputado federal Eduardo Bolsonaro escreveu:
“Eu quero pacificar o Brasil. As pessoas estão de saco cheio de acordos mau feitos.” — Eduardo Bolsonaro
Você conseguiu notar o pequeno deslize?
Trocar “mal” (com L) por “mau” (com U) é um erro comum — acontece com muita gente, inclusive. Mas como figuras públicas têm alcance massivo, vale redobrar o cuidado com a escrita.
Como acertar sempre: a dica prática
Se bateu a dúvida entre mal e mau, experimente esse teste rápido:
- Troque por bem ou bom e veja qual faz mais sentido.
No exemplo da frase:
“As pessoas estão de saco cheio de acordos bem feitos.” Logo, o certo seria: acordos malfeitos.
Perceba também que a escrita da palavra é toda junta, pois sendo um substantivo ou adjetivo ela é um termo único, escrito tudo junto e sem hífen. Então, na verdade, temos dois erros numa expressão só.
Comunicação clara é também respeito
Mais do que corrigir um erro, esse tipo de reflexão nos lembra da importância de valorizar a língua portuguesa no dia a dia, especialmente quando falamos com muita gente.
Claro, todo mundo está sujeito a escorregões, e ninguém precisa ser um especialista em gramática para se comunicar bem. Mas demonstrar cuidado com a escrita é uma forma de respeito com o público e com o nosso idioma.
E você, já caiu nessa também?
Se você já confundiu mal com mau (ou conhece alguém que vive trocando os dois), e se você tem dificuldades com o hífen compartilha esse texto! É uma ótima forma de aprender de forma leve e ajudar mais gente a se expressar melhor.
Tem conteúdo novo aqui na coluna toda terça e quinta-feira. Fica por dentro!
Vamos que vamos!
Professor Noslen Borges www.professornoslen.com.br
Revisão textual: Profª Ma. Glaucia Dissenha