Recentemente, o humorista Leo Lins, 42 anos, foi condenado a oito anos e três meses de prisão por propagar discursos considerados discriminatórios contra diferentes grupos sociais durante um show de stand-up publicado na internet. A decisão, proferida pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo, também impõe ao comediante o pagamento de multa e indenização por danos morais coletivos. De acordo com a Justiça, ele fez declarações preconceituosas contra negros, obesos, idosos, pessoas com HIV, indígenas, LGBT+, judeus, nordestinos, evangélicos e pessoas com deficiência. O episódio abriu debate sobre os limites do humor. Convidada do programa semanal da coluna GENTE (disponível no canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+ e também na versão podcast no Spotify), Marisa Orth dá sua opinião sobre o caso.
“A priori sou contra… prender? Mas a lei que vale embaixo do palco tem que valer em cima do palco. Tem lei. Não conheço muito o trabalho dele. E muito menos as leis que regem isso. Acho de mal gosto. Depois que fui procurar ver o que era, fiquei meio ‘ai’. Mas você não pode prender alguém porque não tem graça nenhuma. Pode? É uma questão muito complicada, porque é muito agressivo. Tem umas coisas ali que são muito racistas, homofóbicas, pedófilas, de um mal gosto, de uma crueldade. Acho cruel. Fazer piada com boate Kiss? Jura? Não, é falta do que fazer. É falta de ideia para fazer piada boa”.
Sobre o programa semanal da coluna GENTE. Quando: vai ao ar toda segunda-feira. Onde assistir: No canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+ ou no canal VEJA GENTE no Spotify, na versão podcast.