A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse, por meio de sua assessoria, que “não há qualquer definição” sobre ela deixar a Rede Sustentabilidade, partido que ajudou a fundar em 2015, após o seu grupo ter sido derrotado na eleição interna que definiu o comando da legenda em abril deste ano. Na quarta-feira, VEJA publicou, com base em apuração de bastidores, que ela estaria insatisfeita e que seu destino provável é o PSB, sigla em que já militou entre 2013 e 2015. “Não há qualquer definição da ministra de deixar a Rede Sustentabilidade, partido que ajudou a fundar há cerca de dez anos”, diz a nota.
A assessoria informa, ainda, que o principal objetivo da ministra é recuperar a identidade do partido do qual é fundadora. “A ministra Marina Silva respeita e admira o PSB, partido ao qual já foi filiada e por onde se candidatou à Presidência da República, mas seu esforço neste momento é recuperar os princípios e valores que, desde o princípio, nortearam a Rede Sustentabilidade, em seu projeto de inovação política, luta pelo desenvolvimento sustentável em todas as suas dimensões e construção partidária, e que foram desfigurados pelo atual comando do partido”, informa a nota enviada por sua assessoria.
Em abril deste ano, o grupo de Marina perdeu a disputa interna para o grupo da ex-senadora Heloisa Helena. A mudança de partido, segundo VEJA apurou, não seria imediata por impedimento da legislação. A saída ocorreria apenas em março do ano que vem, quando há abertura da janela partidária, mecanismo que permite que, em um prazo de 30 dias, os eleitos em disputas proporcionais (deputados, por exemplo) possam trocar de partidos sem perigo de perderem o mandato.
A Rede, que tem uma federação com o PSOL, conta com 56.485 filiados (dados de maio, última atualização). O estado com maior número de adeptos é Minas Gerais (8.557), seguido por Pernambuco (7.416) e São Paulo (6.421).
