A ministra Marina Silva participou de várias mesas no primeiro dia da Pre-COP, realizada na última segunda-feira, 13, em Brasília. No fim da tarde, em uma das discussões para ampliação dos recursos financeiros, fundamental para a implementação dos compromissos do Acordo de Paris, ela voltou a destacar o chamado “mutirão da COP30”, para o sucesso dos objetivos do encontro, que acontece em novembro, em Belém. Empresas, cientistas e cidadãos precisam se unir em torno de ações concretas de viabilização das metas climáticas. “Precisamos de um mutirão pela natureza, mutirão por um novo ciclo de prosperidade que promova justiça e que proteja a nossa casa comum”, disse a ministra.
Mitigar as mudanças climáticas e adaptar o mundo aos novos padrões são ações interligadas que dependem da conservação e recuperação tanto das florestas como dos oceanos— dois pilares complementares da regulação climática do planeta. Florestas em pé são mais do que símbolo de luta ambiental. Elas possuem função essenciais no sequestro de carbono, na manutenção da biodiversidade e dos recursos hídricos. Marina destacou que os oceanos não podem ser esquecidos. Verdadeiras “esponjas” de carbono, eles respondem pela absorção de cerca de um quarto das emissões globais e ainda guardam uma imensa biodiversidade, mesmo assim funcionam como depósito de todo tipo de lixo. O financiamento destinado à proteção marinha está muito abaixo do necessário: dos US$ 16 bilhões estimados como urgentes para garantir sua recuperação e manejo sustentável, apenas US$ 1,2 bilhão é destinado a esse fim.
A COP30 tem o objetivo de ser o ponto de virada para um novo pacto financeiro e político que reconheça a interdependência entre terra e mar. Marina pontuou a necessidade da transição para um modelo econômicos mais justo e inclusivo. “Agora é hora de redirecionar recursos para restaurar e preservar de forma sustentável os recursos que temos”. Por isso o chamamento para uma nova forma de governança, onde cada integrante da sociedade entenda a importância de suas práticas e contribuições para o equilíbrio do meio ambiente e consequentemente do bem-estar do homem.
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