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‘Mão Morta’: a arma nuclear apocalíptica que aliado de Putin ameaçou usar contra Trump

A troca de ameaças entre Rússia e Estados Unidos assumiu um novo patamar nesta quinta-feira, 31, quando o ex-líder russo, Dmitry Medvedev, relembrou o presidente americano, Donald Trump, que Moscou detém um implacável sistema soviético de retaliação nuclear, chamado de “Mão Morta”. A declaração de Medvedev, aliado do presidente Vladimir Putin, ocorre após duras críticas do republicano a ele.

O bate-boca começou após Medvedev, que ocupa o posto de vice-presidente do Conselho de Segurança russo, definir as ameaças de Trump de aplicar tarifas à Rússia e a países que comprarem petróleo do país como “um jogo de ultimatos” que pode levar a uma guerra entre Moscou e Washington. Na madrugada de quinta-feira, o líder dos EUA mandou um recado ao ex-chefe do Kremlin: “Digam a Medvedev, o ex-presidente fracassado da Rússia, que pensa que ainda é presidente, para tomar cuidado com o que diz”.

Insatisfeito com xingamento de Trump, Medvedev dobrou a aposta: “Se algumas palavras do ex-presidente da Rússia desencadearem uma reação tão nervosa do poderoso presidente dos Estados Unidos, então a Rússia está fazendo tudo certo e continuará seguindo seu próprio caminho”, escreveu no Telegram, acrescentando que o republicano deve lembrar “do quão perigosa a lendária ‘Mão Morta’ pode ser”. O sistema russo foi originalmente projetado para lançar mísseis nucleares de Moscou se sua liderança tiver sido morta em um ataque inimigo.

Ainda em julho, Trump repreendeu Medvedev por usar a “palavra N (nuclear)” em críticas aos ataques dos Estados Unidos a três instalações nucleares do Irã — Fardow, Natanz e Isfahan, que foram “gravemente danificadas” pelos bombardeios, segundo Teerã. Na ocasião, a autoridade russa disse que “vários países” poderiam fornecer ogivas nucleares ao Irã.

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Mudança de prazo

A escalada das tensões é reflexo de um recente anúncio de Trump. Na segunda-feira, 28, ele reduziu o prazo de 50 dias dado a Putin para encerrar a guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. Ao lado do primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, o líder americano disse que estava “decepcionado” com o russo, na mais recente das sinalizações da deterioração das relações entre os dois.

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“Conversei bastante com o presidente Putin. Eu me dei muito bem com ele, mas cinco vezes, e todas as vezes, talvez quatro vezes, mas tivemos discussões, você (Starmer) e eu tivemos discussões. Achamos que tínhamos resolvido isso inúmeras vezes, e então o presidente Putin sai e começa a lançar foguetes contra alguma cidade como Kiev e mata muitas pessoas em um asilo ou algo assim”, afirmou ele.

“E eu digo que essa não é a maneira de fazer. Então, vamos ver o que acontece. Estou muito decepcionado. Estou decepcionado com o presidente Putin, muito decepcionado com ele. Então, vamos ter que analisar e vou reduzir os 50 dias que dei a ele para um número menor, porque acho que já sei a resposta, o que vai acontecer”, acrescentou Trump.

Depois, durante uma coletiva de imprensa, ele detalhou que limitará o prazo para “dez ou doze” dias caso não haja mais avanços.

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“Vou estabelecer um novo prazo, de cerca de dez ou doze dias a partir de hoje. Não há motivo para esperar. Eram 50 dias, eu queria ser generoso, mas simplesmente não vemos nenhum progresso sendo feito”, afirmou.

 

 

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