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Mamonas Assassinas na Netflix: o filme que não deveria ter sido feito

Pouco menos de dois anos depois de estrear nos cinemas, Mamonas Assassinas – O Filme chegou à Netflix neste sábado, 28. Dirigido por Edson Spinello e com roteiro de Carlos Lombardi, a cinebiografia retrata a trajetória da banda de rock brasileira, desde a sua formação em Guarulhos, quando ainda se chamavam Utopia, passando pelos bastidores da fama repentina e desafios pessoas dos quatro jovens até chegar no trágico acidente aéreo que matou os integrantes no auge do seu sucesso, 1996.

Na época do lançamento, em dezembro de 2023, o longa atraiu milhares de fãs da banda, lotando as salas de cinema. Embora o sucesso de público, nas telonas a produção foi alvo de inúmeras críticas, mesmo com o carisma e a perturbadora semelhança física dos atores Ruy Brissac (intérprete do vocalista Dinho), Alberto Hinoto (o guitarrista Bento Hinoto), Adriano Tunes (o baixista Samuel Reoli), Robson Lima (o tecladista Júlio Rasec) e Rener Freitas (o baterista Sérgio Reoli). A coluna GENTE reuniu cinco razões pelos quais a cinebiografia não deveria ter sido feita.

Produção mal feita. Uma das grandes falhas do longa foi o ritmo acelerado, com edições picotadas e erros de continuidade, deixando a narrativa bastante confusa. A modelo de série resumida acabou impedindo uma conexão emocional dos fãs com a história de fim trágico da banda.

Construção rasa. Os cortes acelerados também prejudicaram a construção dos personagens. Pessoas aparecem e desaparecem sem muita explicação, deixando fãs e aqueles que desconhecem sem entender a importância daquela figura que não seja do grupo, como, por exemplo, os pais de Dinho.

Músicos em segundo plano. Apesar de ser uma homenagem ao quinteto, alguns dos membros foram esquecidos no roteiro, colocando um foco excessivo no líder do grupo, Dinho. Provavelmente pelo seu carisma, o que não serve como justificativa.

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Machismo. Outro ponto que chegou a gerar revolta no público e crítica foi o tratamento dado às mulheres que passaram pela vida dos músicos, sendo todas retratadas de forma estereotipadas e quase com o perfil de vilãs.

Omissão de trechos importantes. Nessa pressa, um dos momentos mais importantes da produção ficou a desejar. Ao optar por não colocar a morte dos jovens no centro da trama, a direção acabou não levando às telas o impacto dramático que a tragédia gerou no país. Um acidente que tira a vida de uma banda inteira de sucesso meteórico – acontecimento que parou o país – não poderia ser abordado de supetão.

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