A Prefeitura de São Bernardo do Campo (região metropolitana da capital paulista) confirmou nesta segunda-feira, 29, que um homem de 45 anos faleceu no domingo, 28, suspeito de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas contaminadas. É a terceira morte que acontece na Grande São Paulo por conta dessa questão. O corpo dele será encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML), onde passará por uma perícia que vai cravar oficialmente a causa da morte. Ele estava internado em um hospital particular.
A segunda morte aconteceu também em São Bernardo, no último dia 14. Foi um homem de 58 anos que recebeu atendimento no Hospital de Urgência, que fica no centro da cidade. O primeiro falecimento foi em São Paulo, também de um homem. Além desses três casos fatais, há mais dez em investigação na Grande São Paulo. A principal suspeita das autoridades é de que as pessoas foram intoxicadas depois de consumirem bebidas “batizadas” em estabelecimentos comerciais. A intoxicação por metanol pode provocar a perda da visão — o que aconteceu com algumas vítimas.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública chegou a emitir uma nota no último final de semana sobre o ocorrido. “O cenário de adulteração é particularmente relevante do ponto de vista de saúde pública, pois episódios dessa natureza frequentemente resultam em surtos epidêmicos com múltiplos casos graves e elevada taxa de letalidade, afetando grupos populacionais vulneráveis e exigindo resposta rápida das autoridades sanitárias”, diz a nota. Em outro trecho, a pasta afirma que as vítimas relataram ter consumido drinques com gin tônica, whisky e vodca.
A pasta também afirma que “é possível haver outros casos não notificados, uma vez que nem todos os casos de intoxicação chegam aos órgãos de vigilância e controle”. O número de notificações de suspeita de intoxicação foi considerado “fora do padrão para o curto período de tempo”. Os dez casos foram registrados apenas em setembro.
