Após quase 24 anos do atentado às Torres Gêmeas no dia 11 de setembro de 2001, três novas vítimas da tragédia – duas mulheres e um homem – foram identificadas. A descoberta foi revelada nesta quinta-feira, 7, pelo prefeito de Nova York, Eric Adams.
“A dor de perder um ente querido nos ataques terroristas de 11 de setembro ecoa através das décadas, mas com essas três novas identificações, damos um passo à frente para confortar os familiares que ainda sofrem com aquele dia”, declarou Adams.
As identidades de Ryan Fitzgerald, de 26 anos, Barbara Keating, de 76, e de outra mulher cujo nome não foi divulgado a pedido da família foram desvendadas a partir de exames avançados de DNA e da colaboração de parentes das vítimas.
Utilizando tecnologia de sequenciamento genético de última geração, os cientistas tiveram sucesso em extrair perfis de DNA a partir de amostras extremamente degredadas por fatores como calor, impacto e – principalmente – tempo.
Keating era uma das passageiras do voo 11 da American Airlines, utilizado por terroristas da Al-Qaeda como arma no ataque. Moradora de Palm Springs, na Califórnia, a idosa estava retornando para casa após visitar os netos na Costa Leste Americana. Fitzgerald, por sua vez, era um corretor de câmbio que trabalhava no 94º andar de uma das torres do World Trade Center no momento em que o edifício foi atingido.
O reconhecimento do trio aumenta para 1.653 o número de vítimas identificadas a partir de restos mortais recuperados nos escombros. No total, 2.753 pessoas morreram no atentado. A abundância de mortos não identificados está relacionada à complexidade do processo de reconhecimento das vítimas do 11 de setembro, o maior da história americana, pelo menos de acordo com o Gabinete do Médico Legista-Chefe de Nova York.
Mais de mil vítimas do atentado seguem sem identificação, com trabalhos de análise dos restos mortais sendo executados até os dias de hoje.
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O ataque
Em 11 de setembro de 2001, quatro aviões civis foram sequestrados por terroristas da Al-Qaeda e direcionados contra o World Trade Center, em Nova York, o Pentágono, Washington, D.C., e um campo na Pensilvânia, matando quase 3 mil pessoas. Outro prédio de grande importância simbólica, o Capitólio, sede do Congresso americano, deveria ter sido atingido pelo único avião sequestrado que não chegou a seu destino
Além dos mortos no 11 de setembro, milhares de bombeiros, policiais, socorristas, trabalhadores da construção civil e moradores das vizinhanças desenvolveram doenças, muitas das quais terminais, como resultado da inalação de vapores tóxicos. Um censo do WTC Health Program, programa federal de saúde voltado para os sobreviventes dos atentados, registrou 10 mil pessoas com câncer.
O evento provocou mudanças como o alistamento em massa de americanos para a chamada Guerra ao Terror e o endurecimento global em protocolos de segurança para evitar que aeronaves pudessem ser novamente usadas como armas para o terrorismo.