Dois homens foram presos na última segunda-feira, 10, acusados de assassinar Laís de Oliveira Gomes Pereira, de 25 anos, em Sepetiba, na zona oeste do Rio. A vítima foi morta com um tiro na nuca enquanto caminhava pela rua empurrando o carrinho de seu filho de 1 ano e 8 meses, que não se feriu. Os suspeitos, Erick Santos Maria e Davi de Souza Malto, confessaram o crime e afirmaram que foram contratados para executar Laís pela quantia de R$ 20 mil. Erick, apontado como piloto da moto, já estava com a prisão decretada, e Davi, acusado de efetuar o disparo, entregou-se à polícia horas depois.
A prisão de Davi só foi possível graças à denúncia de sua própria mãe, Kelly Silva de Souza. Ela reconheceu o filho nas imagens de câmeras de segurança divulgadas pela polícia e decidiu denunciá-lo. Em um desabafo emocionado, Kelly contou que ele havia comentado com vizinhos sobre “ter feito uma m… muito grande”. “Eu quero pedir perdão pra esse pai. Essa família da Laís que chora. Porque se eu tô sofrendo, eu sei que a dor deles é muito maior. Porque as crianças dela vão viver sem a mãezinha deles. Eu não criei um bandido, gente. O meu filho era um menino de bem”, disse em entrevista ao RJ1.
O crime ocorreu no dia 4 de novembro, quando Laís havia acabado de deixar sua filha de 4 anos na escola. Segundo o delegado, os criminosos estavam inicialmente levantando a rotina da vítima, mas decidiram executá-la assim que a encontraram na rua. As investigações apontam que Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário planejou o crime com o intuito de assumir a guarda da filha da vítima. De acordo com a polícia, ela demonstrava um comportamento possessivo em relação à criança, e as autoridades apuram se havia um relacionamento amoroso entre Gabrielle e o pai da menina.