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Maduro se gaba de ter 5.000 mísseis para defender Venezuela de ameaças dos EUA

Depois dos Estados Unidos expandirem suas operações militares que visam supostos barcos narcotraficantes no Caribe, com ataques registrados pela primeira vez no Pacífico, o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, lançou um alerta na noite de quarta-feira 22, afirmando que as Forças Armadas de seu país possuem mais de 5 mil mísseis russos do tipo Igla-S em seus sistemas de defesa antiaérea para se proteger de ameaças americanas.

Washington mantém um destacamento naval no Caribe há dois meses, sustentando que isso faz parte de sua luta contra o tráfico de drogas na região. O chavismo, porém, vê uma manobra para derrubar Maduro na Venezuela.

“Qualquer força militar do mundo conhece o poder da Igla-S. A Venezuela tem nada menos que 5 mil deles em posições-chave de defesa antiaérea para garantir a paz, a estabilidade e a tranquilidade”, disse Maduro em discurso televisionado. “Quem entende, entende.”

O líder chavista observou que a Venezuela também possui o que chamou de “equipamentos de simulação”. Segundo ele, isso coloca “milhares” de operadores do Igla-S em posição de boa mira, e que haveria gente posicionada “até na última montanha, na última cidade e na última cidade do território nacional”.

“A Venezuela deve ser uma pátria inexpugnável. Que ninguém se meta com a Venezuela, porque nós não nos metemos com ninguém”, acrescentou Maduro.

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O Igla-S é um sistema de defesa antiaérea portátil projetado para abater aviões, helicópteros e drones em baixa altitude. O míssil já foi usado em exercícios militares convocados por Maduro em resposta ao deslocamento militar dos Estados Unidos ao Caribe.

Escalada

Também na quarta-feira, o presidente americano, Donald Trump, confirmou que vai notificar o Congresso caso seja necessário estender suas operações de combate ao narcotráfico para terra, uma vez que se trata de uma questão de “segurança nacional”. No mesmo dia, os militares americanos destruíram mais dois supostos barcos de tráfico de drogas, pelo menos um deles na costa colombiana.

“Ataques à Colômbia são ataques à Venezuela”, declarou o ministro do Interior venezuelano, Diosdado Cabello, em seu programa de TV.

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Antes, as ofensivas estavam concentradas perto de águas venezuelanas. Pelo menos 35 pessoas morreram nos ataques a barcos.

Nos últimos dois meses, a Venezuela intensificou seus exercícios militares, enquanto Washington também emitiu ameaças contra o governo chavista. Caracas mobilizou soldados ao longo da fronteira e ordenou manobras em todo o país. Também solicitou o alistamento voluntário de civis e forneceu treinamento tático e com armas a membros da Milícia Nacional Bolivariana. Tudo, é claro, transmitido por emissoras estatais, criando uma atmosfera tensa.

Nesta semana, Maduro ordenou a criação de um aplicativo digital para que os cidadãos delatem atividades ou pessoas suspeitas, como parte de um sistema de defesa nacional. O líder chavista pediu que a população use o canal para denunciar “tudo o que vir e ouvir, 24 horas por dia”. O ditador também já assinou um decreto que prevê a ativação de estado de sítio, com medidas extraordinárias de segurança nacional, em caso de ataque direto.

No início de outubro, o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, afirmou ser preciso se preparar “para o pior”, aludindo ao que chamou de “grave ameaça” representada por Trump.

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