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Macron processa influencer que pôs em dúvida gênero de primeira-dama francesa

O presidente da França, Emmanuel Macron, e sua esposa, Brigitte Macron, abrira um processo contra a influenciadora americana Candace Owens, conhecida por seu posicionamento no extremo direito do espectro político, que espalhou alegações de que a primeira-dama francesa seria uma mulher trans. Segundo a agência de notícias Reuters, a ação foi movida no Tribunal Superior de Delaware, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira, 23.

No litígio, os Macron afirmaram que Owen deu início uma “campanha de humilhação global” e “bullying implacável” contra Brigitte, com objetivo de promover seu podcast e expandir a base de fãs. A influencer teria ecoado um boato que vira e mexe vem à tona, de que a primeira-dama nasceu sob o nome de Jean-Michel Trogneux. Na verdade, essa é a identidade de seu irmão mais velho.

“É injustificado, desumanizante e profundamente injusto”, descreve a denúncia. “Toda vez que os Macron saem de casa, eles o fazem sabendo que inúmeras pessoas ouviram, e muitas acreditam, nessas invenções vis.” O documento contém 22 acusações, e pede um valor não especificado de danos compensatórios e punitivos.

O boato envolvendo o gênero de Brigitte Macron já moveu processos semelhantes anteriormente. No dia 14 de julho, a agência de notícias francesa AFP informou que a primeira-dama recorreu ao Tribunal de Cassação da França, instância mais alta do país, para contestar a absolvição de duas mulheres acusadas de espalhar a mesma história.

+ Brigitte Macron volta à Justiça para combater boato de que seria mulher trans

Amdanine Roy, que se apresenta como médium espiritual, teria abordado o tema em uma entrevista veiculada no YouTube em dezembro de 2021, junto da autointitulada jornalista independente Natacha Rey. Brigitte nunca comentou o caso. A primeira-dama é alvo recorrente de ataques na internet por esse e outros motivos, incluindo críticas à diferença de idade entre o marido e ela, 24 anos mais velha.

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Episódios em que líderes mundiais abrem processos por difamação são raros. Para se ter sucesso nesses casos, figuras públicas como Macron devem comprovar que os réus atuaram com “malícia real”, ou seja, que eles sabiam da falsidade de sua declaração antes de fazê-la.

Um presidente notável em promover processos desse gênero é o americano Donald Trump. Na semana passada, o mandatário abriu uma ação contra o Wall Street Journal e o proprietário do jornal, Rupert Murdoch, após uma reportagem expor a amizade entre ele e Jeffrey Epstein, bilionário acusado de tráfico sexual que se suicidou em 2019, com a publicação de um bilhete de feliz aniversário (recheado de insinuações e falas sugestivas) ao financista. A assinatura: “Donald Trump”.

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