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Lula volta a acusar Israel de ‘genocídio’ em Gaza e critica trabalho da ONU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a acusar Israel de cometer “genocídio” em Gaza nesta sexta-feira, 4, durante um encontro preparatório para a cúpula dos Brics, que será sediada no Rio de Janeiro entre domingo e segunda-feira. O mandatário brasileiro criticou a comunidade internacional e as Nações Unidas pela falta de capacidade política para a criação de um Estado palestino, o estabelecimento de um cessar-fogo no enclave e para impedir um “genocídio”.

“O problema nosso não é nem econômico, o problema nosso é político. Porque há muito tempo eu não via o mundo carente de lideranças políticas como hoje. Há muito tempo eu não via a nossa ONU tão insignificante como ela se apresenta hoje, uma ONU que foi capaz de criar o Estado de Israel, não é capaz de criar um Estado Palestino. Não é capaz de fazer um acordo de paz para que o genocídio do Exército israelense não continue matando mulheres e crianças inocentes em Gaza”, declarou Lula.

A declaração foi feita durante a abertura da reunião anual do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o banco do Brics, que começou nesta sexta e segue até o sábado no Hotel Fairmont, em Copacabana.

No início de junho, durante visita à França, ele já havia condenado as ações do exército e do governo israelense na Faixa de Gaza e pediu que as potências internacionais respeitassem as recomendações das Nações Unidas e exigissem o fim do conflito. Na ocasião, em coletiva no Palácio do Eliseu, Lula classificou o quadro como “massacre” de civis inocentes.

“É um massacre por parte de um exército altamente preparado contra mulheres e crianças. É contra isso que a humanidade tem que se indignar”, disse ele ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, com quem havia concluído parte da agenda da visita de Estado.

“A mesma ONU que criou o Estado de Israel tem que ter autoridade para proteger a área demarcada em 1967”, continuou, fazendo referência às fronteiras estabelecidas e que têm sido continuamente desrespeitadas por Israel, ao longo do tempo. “É o mínimo do bom-senso que a gente pode exigir como humanista”, disse ainda.

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