A aprovação do governo Lula subiu quatro pontos desde julho deste ano e a reprovação caiu dois, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira, 11 pelo instituto Datafolha. De acordo com a pesquisa, 33% consideram o governo ótimo ou bom (eram 29% no final de julho), enquanto 38% o consideram ruim ou péssimo (era 40%) — outros 28% acham a gestão regular (eram 29%).
A avaliação é a melhor registrada pelo instituto neste ano. Em fevereiro deste ano, Lula tinha apenas 24% de aprovação e 41% de reprovação. Naquela época, o governo tinha passado por uma grave crise de imagem com a ofensiva da oposição acusando Lula de querer taxar o Pix em meio a uma iniciativa da Receita Federal para apertar o controle sobre movimentações por meio de fintechs.
Depois, Lula ainda enfrentou outro período de turbulência com a eclosão do escândalo dos desvios no INSS. O movimento de queda na aprovação começou a mudar com a imposição do tarifaço pelo presidente americano, Donald Trump, motivado em parte por lobby bolsonarista para tentar obrigar o Judiciário a mudar o curso de julgamento em que o ex-presidente Jair Bolsonaro é acusado de tentativa de golpe de estado.
A aprovação do petista detectada agora é melhor que a de seu antecessor nesse mesmo recorte de governo (dois anos e nove meses de gestão) — Jair Bolsonaro tinha então 22% de aprovação e 53% de reprovação, com 24% dos entrevistados avaliando sua gestão como regular.
Um dado que chamou a atenção é o aumento da popularidade entre os evangélicos — o índice passou de 18% de ótimo ou bom para 27%.
A pesquisa foi feita entre segunda-feira, 8, e terça-feira, 9, com 2.005 entrevistados em 113 cidades de todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Trabalho de Lula
O Datafolha também questionou os eleitores sobre a aprovação do trabalho de Luiz Inácio Lula da Silva como residente. A avaliação rigorosamente divide o eleitorado: 48% aprovam (eram 46% em julho) e 48% o desaprovam (eram 50%).