O presidente Lula teve reuniões, nas últimas semanas, com interlocutores internacionais de diferentes países e organismos. Nessas conversas, ficou evidente uma preocupação do petista nessa nova realidade das relações bilaterais imposta ao mundo pela guerra tarifária de Donald Trump.
Após o anúncio do tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil, Lula orientou o governo a apostar todas as fichas no fortalecimento das relações brasileiras com a China, como forma de responder a Trump e também de ampliar os mercados para produtos brasileiros.
Essa ação do petista, no entanto, tem como consequência o aumento da já importante dependência do Brasil das relações com os chineses.
Para tentar diversificar os parceiros e ganhar terreno em blocos onde Trump vem queimando pontes, Lula orientou o Itamaraty de Mauro Vieira a apostar todas as fichas agora na consolidação de acordos com a União Europeia.
A insatisfação dos países europeus com os acordos firmados pelo bloco com Trump abre uma janela para que o Mercosul e o Brasil avancem, avaliam interlocutores do petista.
Nesta semana, Lula teve uma conversa com Emmanuel Macron e, além de criticar o tarifaço de Trump, disse ao presidente da França que é chegado o momento de o bloco fechar o acordo com o Mercosul.