Se as eleições para o governo federal fossem realizadas hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria derrotado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (hoje inelegível) ou pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), entre o eleitorado paulista. É o que indica um levantamento publicado nesta quinta-feira, 10, pelo instituto Paraná Pesquisas.
Segundo a pesquisa, caso Jair Bolsonaro pudesse disputar as eleições federais, ele teria 41,8% das intenções de voto em São Paulo contra 29,3% de Lula. O ex-presidente, contudo, encontra-se inelegível após sofrer condenações na Justiça Eleitoral por abuso de poder político e ataques às urnas eletrônicas e não pode concorrer a cargos eletivos, pelo menos, até 2030.
Na sequência, aparecem o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), com 8,9% do eleitorado; o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), com 6,0%; o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), com 2,4%; e o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), com 0,5%. Dentro da margem de erro de 2,4 pontos percentuais (pp), Ratinho empataria tecnicamente com Ciro e Caiado, e Caiado empataria com Renan.

Tarcísio de Freitas, por sua vez, também derrotaria Lula na corrida ao Planalto, mas com vantagem mais estreita. No levantamento, o governador aparece com 37,1% do eleitorado ante 29,1% do petista, enquanto Ciro, Ratinho, Caiado e Renan Filho mantêm a configuração do cenário anterior.

Cenários contra Michelle ou Eduardo são de empate técnico
A disputa seria ainda mais acirrada caso os candidatos do bolsonarismo fossem Michelle Bolsonaro (PL) ou Eduardo Bolsonaro (PL), esposa e filho “Zero Três” de Jair Bolsonaro. Em simulações de primeiro turno, a ex-primeira-dama teria 33,6% contra 29,8% de Lula, enquanto o deputado federal licenciado ficaria com 27,6% dos votos ante 30,1% do atual presidente, configurando empate técnico em ambos os casos.


O instituto Paraná Pesquisas entrevistou 1.680 eleitores em 84 municípios de São Paulo entre os dias 4 e 8 de julho de 2025. O grau de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é estimada em 2,4 pontos percentuais (pp) para mais ou para menos.