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Lula, o número mágico e o presente eleitoral da Câmara

Depois de ver sua popularidade derreter no início do ano, principalmente após a oposição deflagrar uma campanha dizendo que o governo taxaria o Pix, o que não ocorreu, o presidente Lula conseguiu nos últimos meses recuperar terreno no campo da imagem.

A reação ganhou tração após Donald Trump — para tentar ajudar Jair Bolsonaro a se livrar da cadeia — anunciar um tarifaço sobre as exportações brasileiras, o que deu ao petista o discurso da defesa da soberania, da economia e dos trabalhadores brasileiros.

Até então nas cordas, Lula aproveitou a bola levantada pelos rivais e finalmente encontrou uma bandeira para a sua gestão. A população reagiu de forma positiva para o presidente, que cresceu nas pesquisas, inclusive sobre a próxima corrida presidencial, nas quais aparece em primeiro lugar.

Número mágico

Em agosto, quando o levantamento Pulso Brasil/Ipespe registrou uma aprovação de 43% ao governo Lula, o cientista político Antonio Lavareda, referência na análise de números e humores eleitorais, afirmou que esse percentual era insuficiente para assegurar a reeleição do presidente em 2026.

Na ocasião, Lavareda declarou que a aprovação, na média das pesquisas, estava em 45% e precisava chegar a 50% para que o petista recuperasse o favoritismo. Pois Lula, se ainda não atingiu essa nota de corte, está cada vez mais próximo dela.

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O mesmo Pulso Brasil/Ipespe, em pesquisa divulgada em setembro, revelou que a aprovação ao governo cresceu sete pontos em um mês, passando de 43% para 50%. Outra sondagem de setembro, da Bloomberg em parceria com a AtlasIntel, mostrou quadro parecido, com a aprovação do presidente passando de 47,9% para 50,8%, ante uma reprovação de 48,3%.

Novo impulso

Os dados dos dois institutos foram colhidos antes de a Câmara aprovar o projeto que amplia a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até 5 000 mensais e reduz a carga para a faixa de renda entre 5000 e 7350 reais, beneficiando mais de 15 milhões de pessoas.

A medida é uma bandeira eleitoral de Lula e custará cerca de 31 bilhões de reais. Para pagar essa conta, o presidente conseguiu, com a ajuda da pressão das redes sociais, convencer os deputados a finalmente taxar os super-ricos.

Ecoando slogans publicitários, petistas dizem que Lula cobrará do andar de cima para aliviar a conta dos mais pobres. E que “Lula colocou o pobre no Orçamento”, numa referência aos programas sociais, “e os ricos no imposto de renda”. A campanha à reeleição ganhou novo impulso.

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