O encontro entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, em Kuala Lumpur, e o avanço das reformas de Javier Milei na Argentina colocam o Brasil diante de um momento decisivo. Para o empresário e colunista de VEJA, Gustavo Junqueira, Lula precisa escolher entre “continuar político e perder tração, ou ser pragmático e tornar-se o líder regional que o momento exige”. Segundo ele, o país chegou ao limite fiscal, o crescimento está travado e o mercado já entendeu que “discurso não paga a conta”.
Junqueira destaca que o caso argentino mostrou que ajustes duros trazem resultados e que o Brasil só retomará protagonismo se voltar a negociar com a realidade. No plano diplomático, o encontro com os Estados Unidos abriu espaço para exceções técnicas — como ampliar cotas de exportação de carne moída e buscar uma isenção para o café verde — sob o argumento da inflação americana.
Apesar de o “tarifaço” ainda estar em vigor, o diálogo entre os dois governos foi bem recebido por entidades empresariais. O presidente da CNI, Ricardo Alban, e o da Amcham Brasil (Câmara de Comércio Americana), Abrão Neto, classificaram o encontro como um avanço relevante.
Nesta segunda-feira vamos repercutir o encontro e o futuro das negociações no programa Mercado, a partir das 10h.