Pouco antes da sessão da Câmara que vai analisar e pode derrubar o decreto do governo que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o presidente Lula elogiou o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na condução da economia.
Haddad, segundo o petista, conduz a pasta com seriedade. Avaliou, também, que o governo está desde o início de seu mandato tentando “consertar” a economia.
“Gente, tem uma hora que a gente tem que deixar nossos interesses individuais de lado e pensar um pouco neste país. Vocês sabem da seriedade com que o Haddad trata a economia. Vocês sabem que nós estamos há quase três anos tentando consertar a economia. Primeiro foi a PEC da transição. Depois foi o arcabouço fiscal… que nós tivemos coragem de dizer que por mais que a gente arrecadasse, a gente não poderia gastar mais que dois e meio (bilhões). E depois a reforma tributária. Uma coisa feita a 513 mãos na Câmara e 81 no Senado. Não é o que nenhum de vocês queriam, e nem o que eu queria. Foi o possível”, disse.
O ministro da Fazenda tem sido criticado desde que o governo decidiu aumentar a alíquota do IOF. Com a medida, o governo estima arrecadar 10 bilhões de reais neste ano e equilibrar as contas.
Na sequência, Lula lamentou as cobranças diárias sobre o setor, afirmando que sua gestão está tentando fazer o possível para o país “mudar de patamar”.
“Vocês sabem que é difícil. Vocês sabem as cobranças que são feitas todo dia. Todo dia se fala de déficit fiscal. Quem é que se preocupou com déficit fiscal no governo passado? Qual é que foi o empresário que foi à imprensa dizer que o Guedes estava desrespeitando o déficit fiscal?”, argumentou.
As declarações foram dadas durante a cerimônia de lançamento do programa “Combustível do Futuro Chegou”, no Ministério de Minas e Energia, em Brasília, no qual foi anunciado aumento do etanol na mistura da gasolina e do biodiesel.