Ao abrir a reunião ministerial nesta terça, Lula chamou a família Bolsonaro — particularmente Jair Bolsonaro e o filho Eduardo — de “traidores da pátria” e anunciou uma “frente de batalha” política para denunciar as ações bolsonaristas nos Estados Unidos contra os brasileiros.
Num tom eleitoral, usando boné azul juntamente com vários ministros, o petista mostrou que a reunião desta terça será para alinhar discurso no governo de modo a transformar as ações bolsonaristas contra o STF e o país na principal agenda do governo daqui para frente.
Lula chamou os Bolsonaros de “traidores da humanidade” e disse que os atos em curso nos Estados Unidos são “uma das maiores traições que uma pátria sofre de filhos seus”.
Eduardo, diz Lula, atua para “insuflar ódio de governantes americanos contra o povo brasileiro”.
“O Congresso Nacional precisava começar a discutir… Eu fiz uma relação dos maiores traidores da humanidade. O que está acontecendo hoje no Brasil, com a família do ex-presidente e o comportamento do filho dele nos Estados Unidos é, possivelmente, uma das maiores traições que uma pátria sofre de filhos seus. Não existe nada que possa ser mais grave que uma família inteira ter um filho custeado pela família, um cidadão que já deveria ter sido expulso da Câmara dos Deputados, insuflando, com mentiras e hipocrisias, um outro Estado contra o Estado nacional do Brasil. Isso é inexplicável, nós vamos ter que fazer uma frente de batalha na política, não no governo, para que esse país seja respeitado”, disse Lula.
O petista ordenou que cada ministro do governo defensa a soberania do país em suas agendas oficiais, confirmando que o governo irá usar a crise com os Estados Unidos, criada pela família Bolsonaro, como uma bandeira política.
“É importante que cada ministro, nas falas que fizerem, façam questão de retratar a soberania desse país”, disse Lula.
