Antes mesmo do avanço da urgência do PL da Anistia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a defender publicamente a possibilidade de o Congresso se debruçar sobre uma proposta que tratasse da dosimetria de penas dos crimes cometidos pelos condenados do 8 de janeiro de 2023 como alternativa ao projeto que estabeleceria o perdão dos criminosos.
Segundo fontes ouvidas pelo Radar, essa posição oficial só foi dada após um alinhamento com ministros do STF, que sempre abordaram o PL da Anistia como inconstitucional.
O petista teria consultado magistrados sobre essa estratégia e explicou que o objetivo era desarticular a mobilização por uma anistia ampla e irrestrita, como desejavam os bolsonaristas. Esse seria o caminho para tirar o Centrão, fiel da balança na maioria das votações co Congresso, dos braços dos aliados de Jair Bolsonaro.
Só depois de compartilhar o entendimento com a Corte que o presidente e auxiliares passaram a fazer uma defesa pública da proposta alternativa.
Horas após ser formalizado como relator, o deputado Paulinho da Força indicou que seu parecer deve tratar de dosimetria. Ele chegou a afirmar que o texto não trataria de anistia.