Em meio ao ambiente turbulento do Legislativo nas últimas semanas, o deputado Arthur Lira tem afirmado a aliados que a análise da reforma do imposto de renda depende de um cenário mais controlado. Tem ponderado ainda que isso não depende dele, mas do atual presidente da Câmara, Hugo Motta, seu sucessor no cargo.
Relator da proposta, Lira negou que tenha enterrado a possiblidade de votar a reforma do IR nas próximas semanas.
O alagoano tem explicado que há uma expectativa de muitas emendas solicitarem a inclusão da CSLL no projeto e emenda que, se isso ocorrer, será necessário aprová-lo até setembro nas duas Casas para que as regras passem a valer no ano que vem como o governo Lula deseja.
A eventual não inclusão do tema representaria um espaço maior para que parlamentares analisassem a medida.
Na terça-feira, Lira chegou a compartilhar essa avaliação publicamente, o que foi interpretado como uma sinalização de que a apreciação poderia ficar para o fim do ano. Essa leitura, porém, estaria incorreta, de acordo com pessoas próximas do ex-presidente da Câmara.
A interlocutores, ele destacou que, para a proposição ir ao plenário e ter uma tramitação sem sobresaltos, é preciso te um ambiente pacífico e sob controle. Garantir esse cenário seria uma prerrogativa de Motta.
O alagoano pontua que na comissão especial até conseguia ter algum controle, mas que isso é inviável no plenário.
Otimista com a possível aprovação, Lira tem dito que há aceitação sobre a questão principal da matéria, que trata da isenção do IR, mas tem ponderado que a definição da compensação será uma guerra.