O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), declarou nesta terça-feira que apoia uma federação entre seu partido e o Republicanos, argumentando que, depois da formação das alianças PT-PCdoB-PV e União Brasil-Progressistas, “quem não federar vai ficar um tanto quanto isolado do processo político” no Congresso Nacional.
Hoje, o MDB tem doze senadores e 42 deputados. No Republicanos, são quatro representantes no Senado e 45 na Câmara, entre eles o presidente da Casa, Hugo Motta.
“Creio que um partido do tamanho do MDB, com a importância do MDB, e um partido com a relevância que o Republicanos adquiriu só engrandeceria e fortaleceria o Congresso Nacional, havendo a aliança entre os partidos”, afirmou Braga em almoço promovido pelo grupo Esfera, em Brasília.
O senador fez a ressalva, no entanto, de que as legendas manteriam suas “características” e “identidades” – inclusive em relação a uma eventual decisão sobre a eleição presidencial de 2026, para a qual o governador Tarcísio de Freitas, hoje no Republicanos, é um dos pré-candidatos que a direita avalia para enfrentar Lula.
“Teremos a disputa interna dentro da federação para saber qual será o destino da federação com relação a apoiamento formal ao candidato que a federação optar, mas, dentro da própria federação, cada partido manterá sua identidade. E o MDB é um partido que, no seu regimento, ele prevê a divergência como algo que é legítimo”, afirmou o líder emedebista.
Braga lembrou que, em 2022, mesmo tendo a candidatura de Simone Tebet, hoje ministra de Lula, treze dos 27 diretórios regionais do MDB declararam apoio ao petista, inclusive o do Amazonas, que o senador comanda.