O governador da Califórnia, Gavin Newsom, virou centro das atenções ao entrar na Zona Sul, onde acontecem as negociações da COP30, na tarde desta terça-feira, 11, em Belém.
Gavin integra a iniciativa America is All In, uma coalizão de atores não federais dos Estados Unidos — estados, cidades, empresas, universidades, tribos indígenas e organizações da sociedade civil — criada para manter e ampliar a ação climática do país.
Esse plano teve início após o presidente americano, Donald Trump, deixar o Acordo de Paris e cancelar a participação na COP30, assim como desfazer uma série de políticas que tentavam reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
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Questionado por VEJA sobre como os EUA tentam convencer parceiros internacionais, na COP30, de que sua ação climática segue crível mesmo sob Donald Trump, ele disse que a força do país hoje não vem de Washington, mas da base.
“Os governos locais e estaduais estão se unindo e realmente avançando”, afirmou. Segundo ele, embora “o governo federal tenha se afastado” e Trump esteja “tentando colocar a política climática em marcha à ré”, há um movimento inverso acontecendo em todo o território americano, guiado menos por ideologia e mais por pragmatismo econômico.
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Energia limpa, destacou, é simplesmente mais barata, e investir nela se tornou sinônimo de competitividade. “As pessoas entendem que, se não investirmos no futuro, não vamos nos sair muito bem.”
Para Gavin, esse impulso subnacional é o que sustenta a credibilidade climática dos EUA e o que ainda o mantém otimista, apesar do cenário turbulento em Washington.
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