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Lewandowski usa Cesare Battisti para falar de extradição de Zambelli

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que as autoridades italianas e brasileiras já têm uma “ideia de onde está” a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que deixou o país nas últimas semanas depois de ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Zambelli foi para os EUA e, posteriormente, desembarcou em Roma.

Lewandowski, que participou de um painel sobre segurança pública em São Paulo na sexta-feira, 13, disse esperar em breve a extradição da parlamentar, que nasceu no Brasil, mas tem nacionalidade italiana — Zambelli espera que o fato de ser cidadã daquele país barre uma prisão para fins de encaminhá-la ao Brasil. No entanto, como citou Lewandowski e a imprensa italiana, a Constituição do país europeu não veda o mecanismo constitucional aos seus nacionais, diferente da Carta Magna brasileira de 1988.

“Temos um tratado de cooperação. A dupla nacionalidade, tendo em conta aquilo que se encontra consignado no tratado, não impede a extradição, até porque, ao contrário do que acontece com a Constituição brasileira, a Constituição italiana não impede que cidadãos italianos sejam extraditados”, disse o ministro.

Lewandowski citou o terrorista italiano Cesare Battisti como exemplo para comparar o caso de Zambelli. “O Brasil extraditou o Cesare Battisti para a Itália”, disse ao esperar reciprocidade. No entanto, o assassino italiano permaneceu anos livre no Brasil por ser aliado de políticos de esquerda. Nos últimos dias do segundo mandato de Lula na Presidência da República, o petista concedeu asilo ao criminoso.

Só em 2018 a permanência em território brasileiro foi revogada pelo então presidente Michel Temer e o STF determinou a extradição. No entanto, Battisti fugiu e foi capturado por autoridades bolivianas e enviado para Itália sem retornar ao Brasil. Hoje, o criminoso cumpre prisão perpétua por participação em assassinatos no país europeu. “Esperamos que a Itália extradite essa senhora o mais breve possível”, concluiu Lewandowski.

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