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Kenny G, de ‘Forever in Love’, a VEJA: ‘Não acho o passado interessante’

Aos 69 anos, o saxofonista americano Kenny G ainda viaja ao redor do globo com sua banda de cinco para tocar sucessos acumulados ao longo de quatro décadas de carreira, entre eles Forever in Love e outras das 12 faixas que romperam barreiras do jazz suave e chegaram à parada de música pop Hot 100, a mais competitiva dos Estados Unidos. Nem sempre sozinho, o instrumentista também já colaborou com Aretha Franklin, Andrea Bocelli, Celine Dion, Katy Perry, Weezer, The Weekend e Stevie Wonder, construindo assim repertório que está muito mais próximo às estações de rádio do que às salas de concerto. Nesta sexta-feira, 10 de outubro, ele se apresenta no Espaço Unimed, em São Paulo, com ingressos a partir de R$ 190. Em entrevista a VEJA, o músico detalha sua trajetória, sua relação com o passado e sua conexão ao país, berço da bossa nova que tanto admira.

O que lembra de seus primeiros shows no Brasil na década de 1990? Me lembro das plateias enormes e maravilhosas. Todos ali pareciam gostar da nossa música e se aproximavam ao palco. Amamos viajar ao Brasil. 

O senhor dedicou um disco inteiro à bossa nova em 2015. Qual a sua relação com o gênero? Sempre amei bossa nova e fazer um disco do gênero era um desejo de longa data. Gostava do jeito que Stan Getz o interpretava. Para mim, foi natural. Curiosamente, por outro lado, não acho o passado interessante. Prefiro olhar para frente e criar música nova, sem ficar preso ao que veio antes.

É raro que um músico instrumental atinja sua projeção internacional. Quando jovem, imaginava que poderia chegar a este patamar? Não, claro que não. Nunca imaginaria que isso fosse acontecer, mas também não estou surpreso, porque até quando tocava minhas músicas em boates no começo de carreira, o público parecia gostar. Quando a escala se multiplicou, não foi um choque. É ótimo poder atingir tantos ouvintes — e, naquela época, as redes sociais não existiam. Se você gostasse de uma música em particular, era preciso se concentrar na rádio ou ir até uma loja para comprar um disco. Quem me abraçou, me abraçou mesmo. Fiquei muito feliz com isso, mas não planejei nada. Só não perdi a fé de que tanta prática me levaria a algum lugar.

Forever in Love é seu maior hit global desde 1992. Como é tocar a faixa 33 anos depois do lançamento? O que passa na minha cabeça é diferente a cada noite. Não há nada de específico que permeia essa música, mas a melodia é linda. Toda vez que a toco, parece que é a primeira. Não me canso dela, nem me aborreço. É uma grande sorte poder fazer a mesma coisa por 40 anos e ainda amá-la tanto quanto sempre. Na minha rotina, almoço dois ou três itens e depois não como até o final da apresentação, porque quero estar de estômago vazio no palco e evitar mal-estar. A dieta permanece a mesma e não há cardápio local que me convença a alterá-la. Fico com meu salmão teriyaki, meu sushi ou meu frango e ainda adoro a refeição. Tocar Forever in Love é assim.

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O repertório da turnê também continua o mesmo no Brasil? Não muda muito. Temos algumas músicas que soam fantásticas ao vivo, então as tocamos. Quando vamos para o Brasil, só reservamos algumas surpresas. Vamos tocar mais bossa nova. Uma faixa inclusa no set é Sabor a Mí, de Luis Miguel, que faz sucesso no sul da fronteira. Outra que vamos tocar é Dying Young, tema do filme Tudo por Amor (1991). Ela não é muito popular nos EUA, mas estourou no Brasil.

O que espera do público do show? Espero que as pessoas apreciem o fato de que seis músicos excelentesestarão tocando seus instrumentos no palco e que admirem os instrumentos de apoio para além do saxofone. Espero também que toquemos as músicas que querem ouvir. Acho nossa energia será uma grande surpresa para quem nos vê pela primeira vez. Não é só música suave. Os solos são dinâmicos e animados. Quem nunca viu um show de música instrumental não vai acreditar que eles podem ser assim.

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