A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela premiação do Oscar, divulgou nesta quinta-feira, 26 de junho, os seus 534 novos membros — lista extensa, mas prestigiosa, de nomes que agora fazem parte do corpo votante da instituição. Entre eles estão alguns artistas de fora dos Estados Unidos, especialmente os que receberam uma indicação, como Fernanda Torres e o russo Yura Borisov, que passam a integrar o quadro. Mas há uma ausência notável: Karla Sofía Gascón, espanhola que se tornou a primeira mulher trans a concorrer a uma estatueta de atuação não ganhou um convite.
A persona non grata saiu das graças da Academia pouco após sua indicação histórica, quando diversas publicações suas feitas ao longo dos últimos anos no X, antigo Twitter, foram redescobertas. Marcadas pela islamofobia e ironias avessas aos imigrantes na Espanha, as postagens inflaram as polêmicas do filme Emilia Pérez e geraram um grande revés para a atriz, cuja presença na cerimônia era incerta até o dia de 2 de março. Apesar das semanas turbulentas, Karla compareceu ao evento. Aquela noite, contudo, parece ter sido sua despedida da alta cúpula de Hollywood.
Fora Karla, todas as atrizes indicadas na categoria de melhor atriz agora fazem parte da Academia. Demi Moore e Cynthia Erivo já eram integrantes, enquanto Torres e Mikey Madison foram acrescentadas. Outros nomes que competiram em 2025 e agora podem votar no Oscar são Ariana Grande, Monica Barbaro, Kieran Culkin, Sebastian Stan e Jeremy Strong. Apesar da esnobada, Karla Sofía Gascón continua a investir na carreira de atriz e atualmente filma o faroeste espanhol Trinidad, no qual interpreta uma vilã ultraconservadora.
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