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Justiça torna Pablo Marçal inelegível pela terceira vez desde fevereiro



Nesta quarta-feira, 23, a Justiça Eleitoral de São Paulo condenou o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) novamente à inelegibilidade. Desde fevereiro de 2025, esta é a terceira sentença judicial que impede o influenciador de disputar cargos até as eleições de 2032.

A decisão foi tomada pelo juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, e condena Marçal pelos crimes eleitorais de abuso de poder econômico, captação ilícita de recursos e uso indevido dos meios de comunicação. “Não há dúvidas de sua decisiva atuação em razão do engajamento direto e pessoal por condutas ilícitas praticadas em benefício de sua candidatura […] que difundiu informações falsas e descontextualizadas em prejuízos de adversários e da Justiça Eleitoral”, escreveu o magistrado.

A campanha de Pablo Marçal para prefeito de São Paulo, em 2024, foi marcada por uma sucessão de ataques pessoais e ofensas a adversários, disseminação de fake news sobre outros candidatos e investimento massivo em ferramentas digitais para impulsionar sua propaganda nas redes sociais. Em episódios notórios, o ex-coach acusou, sem provas, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) de ser dependente de cocaína e a deputada Tabata Amaral (PSB) de desviar recursos do fundo partidário.

Outra irregularidade citada pelo juiz eleitoral envolve os chamados “campeonatos de cortes” nas redes sociais, nos quais Marçal oferecia pagamentos a eleitores para inundar a internet com vídeos de suas participações em debates, e a disponibilização de artes da sua candidatura na internet com apelos para que os apoiadores imprimissem o material por conta própria. As práticas violam as regras de financiamento e gastos de campanha e de propaganda eleitoral na internet.

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‘Sigo confiante na revisão’, diz Marçal sobre condenação

Em nota enviada pela assessoria, Pablo Marçal diz que “recebe com serenidade” a decisão de primeira instância e afirma que irá recorrer aos tribunais superiores contra a condenação. “Sigo confiante na revisão dessa decisão pelas instâncias superiores, seja em São Paulo, seja no Tribunal Superior Eleitoral, e continuo acreditando na Justiça como instrumento legítimo de equilíbrio e verdade”, diz o ex-coach.

A condenação desta quarta-feira ocorre no âmbito de uma ação eleitoral movida pelo PSB, de Tabata Amaral. Em fevereiro, Marçal já havia sido condenado à inelegibilidade por vender vídeos de apoio a candidatos de direita em troca de pagamentos de 5 mil reais via Pix; em abril, ele foi sentenciado por descumprir uma liminar referente ao primeiro processo e obrigado a pagar uma multa de 420 mil reais.

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