A Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva do 8º suspeito de estar envolvido com o assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, morto a tiros de fuzil em uma emboscada na Praia Grande no último dia 16. Ao todo, quatro pessoas já estão presas e mais quatro, incluindo esse último suspeito, ainda são procuradas. A polícia também cumpriu novos mandados de busca e está ouvindo outras testemunhas para esclarecer o caso.
Fontes foi pioneiro nas investigações sobre o Primeiro Comando da Capital, o PCC, e responsável pela prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Para o secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, “não há dúvidas” sobre o envolvimento da facção no crime. A polícia trabalha com duas linhas de investigação: Fontes pode ter sido morto por vingança do PCC ou por conta de alguma questão relacionada ao seu trabalho na prefeitura de Praia Grande.
Alguns dos suspeitos identificados têm elo com o PCC, como Felipe Avelino Silva, conhecido como “Mascheirano”. Material genético dele foi encontrado em um Jeep Renegase que foi usado no crime. Silva tem passagens por tráfico, roubo e ato infracional. A Justiça expediu um mandado de prisão em nome dele, de Flávio Henrique Ferreira de Souza (cujo material genético também estava no veículo) e de Luiz Antonio Rodrigues de Miranda (que teria encomendado o transporte do fuzil usado no crime). O nome do último homem que teve a prisão decretada não foi divulgado.
Estão presos até o momento Dahesly Oliveira Pires (suspeita de ter transportado um dos fuzis usados na emboscada), Luiz Henrique Santos Batista, o “Fofão” (que teria ajudado na fuga dos assassinos), Rafael Marcell Dias Simões, o “Jaguar” (suspeito de ser um dos atiradores) e Willian Silva Marques (dono da casa em que a arma do crime ficou guardada).
Leia a íntegra da nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo
O DHPP segue com as investigações para identificar e prender todos os envolvidos. Nesta terça-feira (23), a Justiça expediu o oitavo mandado de prisão relacionado ao caso. Também foram cumpridos novos mandados de busca e apreensão e oitivas de testemunhas. Até o momento, quatro pessoas foram presas e quatro investigados são procurados. Laudos periciais estão em elaboração e serão analisados, tão logo finalizados. Mais detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial.
