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Justiça da Colômbia condena ex-presidente Álvaro Uribe a 12 anos de prisão domiciliar

O ex-presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, foi condenado a 12 anos de prisão domiciliar, a pena máxima, por suborno de testemunhas e fraude processual. Trata-se da primeira vez na história moderna do país que um antigo mandatário é condenado e sentenciado criminalmente. O processo penal começou em fevereiro deste ano, após mais de uma década de tentativas da defesa de arquivar o caso.

A origem do caso remonta a 2012, quando o senador Iván Cepeda acusou o ex-presidente e seu irmão Santiago de fundarem e financiarem um grupo paramilitar de direita, o Bloque Metro, na Fazenda Guacharacas, de propriedade da família Uribe, em Antioquia. Monsalve, filho do capataz da fazenda, foi o principal delator.

Em 2018, o advogado de Uribe visitou Monsalve na prisão e ofereceu benefícios jurídicos em troca de uma retratação, conversa registrada em áudio e usada como prova no processo. A Suprema Corte arquivou, então, a denúncia contra Cepeda e abriu uma investigação contra Uribe. A Corte chegou a decretar prisão domiciliar do ex-presidente em 2020, mas ele renunciou ao Senado para que o caso fosse transferido à Justiça comum.

+ Justiça da Colômbia condena ex-presidente Álvaro Uribe por suborno e fraude

Condenação

Na última terça-feira, 29, Uribe foi considerado culpado por suborno de testemunhas e fraude processual. A juíza Sandra Heredia, responsável pelo veredicto, afirmou que eke orientou seu advogado, Diego Cadena, a oferecer vantagens ilegais a testemunhas. O objetivo do esquema era conseguir declarações favoráveis e prejudicar o senador de esquerda Iván Cepeda. O ex-presidente foi absolvido de apenas um dos crimes imputados: o de suborno simples.

A sentença contra Uribe gera repercussões que vão além dos tribunais. Para seus apoiadores, trata-se de um julgamento político e uma tentativa de perseguição. O partido Centro Democrático, fundado por Uribe, já anunciou que irá recorrer à segunda instância, e, se necessário, à Sala de Cassação da Suprema Corte.

Já a oposição celebra a decisão como uma vitória da justiça. “Hoje é um dia histórico para a democracia”, afirmou Iván Cepeda, ao fim do julgamento. Para ele, a decisão mostra que “ninguém pode impunemente violar a lei”.

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