A três meses das eleições presidenciais no Chile, marcadas para 16 de novembro, o líder do Partido Republicano e figura central da “nova direita” chilena, José Antonio Kast, consolidou-se na dianteira das pesquisas. O candidato ultraconservador aparece à frente da representante do governo, Jeannette Jara, tanto na Plaza Pública Cadem quanto no Painel Cidadão UDD, os dois principais levantamentos do país.
Conforme divulgado neste domingo 10 pela Cadem, Kast soma 28% das intenções de voto, seguido de perto pela ex-ministra comunista com 26%. Mais atrás estão a candidata da coalizão de centro-direita Chile Vamos, Evelyn Matthei, com 16%; o líder do Partido da Gente (PDG), Franco Parisi (12%); o libertário Johannes Kaiser (5%); o independente Marco Enríquez-Ominami (2%); e o ex-dirigente do futebol chileno Harold Mayne-Nicholls, com apenas 1%.
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No cenário de segundo turno mais provável, Kast venceria Jara por 48% a 34%, embora ambos tenham perdido apoio em relação à semana anterior. Entre os entrevistados, 18% ainda não sabem em quem votar. Na “preferência espontânea”, o republicano lidera por um ponto, com 25% contra 24% de Jara.
O Painel Cidadão UDD, também divulgado no domingo, indica um cenário semelhante: Kast, apelidado de “Bolsonaro chileno”, com 28% dos votos, à frente dos 26% de Jara. A pesquisa mostra ainda que 6% não decidiram e 5% planejam anular o voto ou se abster.
As simulações do UDD apontam que Jara, do Partido Comunista, perderia para Kast (50% a 32%) e também para Matthei (44% a 32%) em um eventual segundo turno. Enquanto isso, a aprovação do presidente Gabriel Boric subiu três pontos e chegou a 35%, um leve respiro em meio à disputa eleitoral mais acirrada desde o início de seu governo.
