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Japão emite alerta de megaterremoto no norte do país após sismo de magnitude 7,5

O Japão emitiu um alerta de megaterremoto na terça-feira 9, após um sismo de magnitude 7,5 na costa leste de Aomori, a prefeitura mais ao norte da ilha principal de Honshu. As áreas abrangidas pelo alerta estendem-se por 182 municípios, desde Hokkaido até à província de Chiba.

Segundo a Agência Meteorológica do Japão (JMA), há risco acrescido de um megassismo na próxima semana devido ao abalo de 7,5 graus na segunda-feira 8, que deixou 34 feridos e danificou alguns prédios e estradas, em particular nas províncias de Hokkaido e na costa de Sanriku. É nesta região que a placa tectônica do Pacífico forma as duas fossas oceânicas – a Fossa do Japão e a Fossa de Chishima – que causaram muitos grandes terremotos no passado.

Autoridades locais ressaltaram que o alerta não equivale a uma previsão e que a probabilidade de um abalo de grau 8 ou superior na Escala Richter era baixa, de apenas 1%. No entanto, disseram esperar que a população, em especial habitantes de zonas costeiras, fique preparada para o caso de um terremoto forte, como o que matou quase 20 mil pessoas em 2011.

Orientações

A ideia é preparar e acalmar a população ao mesmo tempo. Em 2024, a metade sul da costa japonesa banhada pelo Pacífico recebeu um alerta de megaterremoto na Fossa de Nankai. Na época, cidadãos saíram desesperadamente às compras de alimentos e suprimentos emergenciais, eventos foram cancelados e empresas fecharam as portas. O abalo, porém, não veio.

Desta vez, as autoridades recomendaram que os japoneses sigam a rotina normalmente, mas mantenham uma mochila de emergência contendo artigos essenciais para alguns dias, bem como sapatos e capacetes. Foi também indicado que habitantes de Hokkaido e Sanriku conversem com seus familiares sobre os procedimentos de evacuação e durmam com roupas do dia a dia, e não de pijama, para que possam fugir rapidamente, se necessário. Os móveis devem ser fixados ao chão ou à parede.

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A cidade de Iwaki, em Fukushima, pediu que moradores se registassem para receber e-mails de emergência, enquanto as autoridades da cidade de Oarai, na província de Ibaraki, a nordeste de Tóquio, fizeram operações de inspeção em dispositivos de comunicação sem fios.

Fantasmas de 2011

Especialistas afirmam que o devastador terramoto de 2011, seguido por um enorme tsunami com ondas de até 15 metros de altura, foi causado ​​por movimentos associados à Fossa do Japão, que estende-se da costa leste de Chiba até Aomori. A Fossa de Chishima vai da costa leste de Hokkaido até às ilhas do norte e às ilhas Curilas.

Ao explicar o alerta atual, a JMA afirmou que o sismo de magnitude 9, há 14 anos, ocorreu dois dias depois de um tremor de grau 7,3 que atingiu a Fossa do Japão, na costa leste de Iwate. Essa área também foi afetada no terremoto de segunda-feira.

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Em 2011, cidades no litoral norte das províncias de Iwate, Miyagi e Fukushima foram devastadas. O tsunami que veio após o tremor também danificou a central nuclear de Fukushima Daiichi.

Segundo estimativas do governo, um outro megaterremoto no mar na zona da placa do Pacífico pode provocar um tsunami com ondas de até 30 metros, matar até 199 mil pessoas, destruir até 220 mil casas e edifícios e causar prejuízos económicos estimados em até US$ 198 bilhões.

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