As principais janelas de transferências das ligas europeias, casos de Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Itália, se encerraram nesta segunda-feira, 1º. O intervalo representou o recorde global de contratações em toda a história do futebol, com quase 7 bilhões de euros, o equivalente a cerca 44 bilhões de reais.
Assim como nos anos anteriores, a Premier League puxou a fila como a que mais investiu, e com 51%, representou mais da metade do gasto bruto total entre as principais ligas. Foram 3,560 bilhões de euros (22,1 bilhões de reais), seguida pela Série A/Itália (1,190 bilhões de euros/7.544,6 bilhões de reais), Bundesliga/Alemanha (856,03 milhões de euros/5.427,2 bilhões de reais), La Liga/Espanha (683,02 milhões de euros/4.330,3 bilhões de reais) e a Ligue 1/França (636,5 milhões de euros/4.035,4 bilhões de reais).
De acordo com dados da consultoria especializada em finanças Deloitte, essa é a terceira temporada consecutiva em que os gastos brutos na Premier League ultrapassam os 2 bilhões euros, e a primeira vez que chegam a 3 bilhões. O recorde anterior havia sido no verão europeu de 2023, com 2,4 bilhões de euros.
Contratação mais cara
No último dia de janela de transferências, que se encerrou nesta segunda-feira à noite, foi justamente um time inglês que fez a contratação mais cara desta temporada, com a ida do o atacante sueco Alexander Isak, do Newcastle, para o Liverpool, por 150 milhões de euros (952 milhões de reais). De quebra, a transação entrou no Top-3 das mais caras do futebol mundial, atrás apenas de duas trocas que envolveram o Paris Saint Germain: a ida de Neymar do Barcelona para o time francês, em 2017, por 222 milhões de euros, e de Kylian Mbappé, que em 2018 trocou o Monaco-FRA pelo PSG por 180 milhões de euros.
O Liverpool também foi a equipe que mais investiu em reforços em todo o mundo, com 489 milhões de euros (3,1 bilhões de reais). No Top-10 das agremiações que mais gastaram, 9 são ingleses. O intruso da lista é o alemão Bayer Leverkusen, que ficou na 8ª posição entre os que mais gastaram, com 198,1 milhões de euros.
Depois do Liverpool, aparecem Chelsea (328,1 milhões de euros), Arsenal (293,5 milhões de euros), Newcastle (288,8 milhões de euros), Manchester United (250,7 milhões de euros), Nottingham Forest (236,9 milhões de euros), Tottenham (210,6 milhões de euros), Bayer Leverkusen (198,1 milhões de euros), Sunderland (185 milhões de euros) e Manchester City (176,9 milhões de euros).
Janelas seguem abertas
Algumas das principais ligas ainda seguem com a janela de transferências aberta, casos de Turquia (fecha em 12 de setembro), Portugal (15/09) e Holanda (dia 19/09). No Brasil, ela fecha nesta terça-feira, 2.
Entre os brasileiros envolvidos em negociações, a transferência de Matheus Cunha do Wolves para o Manchester United ficou entre as dez maiores nesta janela, por 74,2 milhões (473 milhões de reais). Também ganharam destaque algumas negociações realizadas nos últimos dias, como do atacante Antony, que deixou o Manchester United para o Betis por 25 milhões de euros, e do atacante ex-Palmeiras Kevin, que saiu do Shakhtar Donetsk para o Fulham por 40 milhões de euros. Já o goleiro Ederson trocou o Manchester City pelo Fenerbahçe por 14 milhões de euros.
Os recordes de investimentos na janela de transferências, especialmente o domínio da Premier League, refletem uma evolução na gestão esportiva. Do ponto de vista de negócios, essas cifras não representam apenas a busca por talentos, mas uma estratégia de longo prazo para fortalecer a marca, aumentar a receita com direitos de TV e merchandising, e atrair patrocínios globais. “O investimento massivo demonstra a confiança no modelo de negócios da liga, que transforma o alto custo em um diferencial competitivo e um produto de entretenimento de alta rentabilidade”, analisa Thales Rangel Mafia, Gerente de Marketing da Multimarcas Consórcios.
