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Já ouviu falar em Inflammaging? Inimigo oculto da beleza, pode acelerar o envelhecimento da pele

Por décadas, cientistas vêm investigando de que forma pequenas inflamações crônicas e silenciosas podem estar ligadas ao envelhecimento da pele (e a uma série de doenças). No início dos anos 2000, o gerontólogo italiano Claudio Franceschi cunhou o termo inflammaging, a fusão de “inflammation” e “aging”, para explicar como esse processo inflamatório de baixo grau se acumula ao longo da vida, impactando tecidos de todo o corpo, inclusive a pele.

Uma revisão publicada em 2025 no PubMed, assinada por especialistas de nove áreas médicas, reforça a teoria: o inflammaging desencadeia uma cascata de citocinas (proteínas inflamatórias), compromete a matriz extracelular e acelera a degradação do colágeno, encurtando a vida útil das células cutâneas.

“A inflamação que aparece com a idade não é apenas uma consequência: ela também atua como combustível do envelhecimento”, explica a dermatologista Patrícia Ormiga. “É um ciclo vicioso que se intensifica quando entram em cena fatores externos, como sol, poluição ou tabaco, multiplicando os danos e acelerando a perda de colágeno.”

Novo estudo desafia a teoria

Se o conceito de inflammaging já parecia consensual, um estudo publicado em julho na revista científica Nature trouxe nuances à discussão. Pesquisadores compararam marcadores inflamatórios em quatro populações: Itália, Singapura, Bolívia e Malásia, e descobriram que grupos indígenas como os Tsimane (Bolívia) e os Orang Asli (Malásia) não apresentaram o mesmo aumento de inflamação associado à idade observado em regiões industrializadas.

“Esses achados sugerem que a inflamação crônica pode estar mais ligada ao estilo de vida urbano e industrializado do que ao envelhecimento em si”, afirmou Alan Cohen, professor da Universidade Columbia e um dos autores. Para Thomas McDade, antropólogo biológico da Northwestern University, os dados “revelam que o envelhecimento não é um processo uniforme e pode variar muito de acordo com o contexto ambiental e cultural”.

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Ou seja, o que se considerava uma marca universal da idade pode ser, em parte, consequência de fatores como dieta, exposição a poluentes e hábitos de vida, e não apenas da passagem do tempo.

Apesar das divergências científicas, dermatologistas concordam que o controle da inflamação é peça-chave para retardar o envelhecimento cutâneo. “Hoje falamos em medicina regenerativa, que não apenas trata os sinais visíveis, mas atua nos gatilhos inflamatórios que aceleram esse processo”, aponta a dermatologista Karine Cade.

Como tratar o Inflammaging?

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Entre os tratamentos alternativos mais promissores para controlar a inflamação e estimular a regeneração da pele estão as terapias de luz, antioxidantes, compostos calmantes, PRP e exossomos. Antioxidantes neutralizam radicais livres e reduzem o estresse oxidativo, enquanto compostos calmantes, como niacinamida e centella asiática, acalmam vermelhidão e sensibilidade. “O PRP utiliza fatores de crescimento do próprio sangue para estimular renovação celular e produção de colágeno, e os exossomos promovem comunicação entre células, favorecendo reparação profunda e revitalização da pele”, diz a dermatologista Paula Rahal.

Entre as tecnologias, uma boa opção é o laser ADVATx. O aparelho inclui feixes de luz amarela menos agressivos, atuando seletivamente em áreas inflamadas e vasos dilatados. “Ele estimula as mitocôndrias a produzir mais ATP, reduz radicais livres e inibe mediadores pró-inflamatórios, controlando o inflammaging e renovando o colágeno”, explica a dermatologista Patricia Ormiga . O disparo controlado resfria a pele entre os pulsos, evitando ferimentos, e, ao agir diretamente na hemoglobina, é seguro para todos os tipos de pele. “O resultado é pele mais lisa, luminosa e viçosa, com textura refinada, brilho saudável e inflamação reduzida, além de tratar manchas, rosácea, acne inflamatória, vasinhos e equimoses”, afirma a especialista.

Outra opção é o SylfirmX, uma tecnologia de microneedling com radiofrequência que combina microperfurações precisas na pele à emissão controlada de energia. “Essa dupla ação permite tratar tanto aspectos estéticos, como linhas finas, rugas, cicatrizes e textura irregular, quanto inflamações e pigmentações localizadas”, explica a dermatologista Paula Rahal. Segundo a médica, o SylfirmX remodela a matriz dérmica, estimulando a produção de colágeno e elastina, ao mesmo tempo em que regula mediadores inflamatórios, oferecendo efeito calmante em condições como rosácea, vermelhidão e acne inflamatória.

Para completar, o hidratante ExoBalm, da marca sul-coreana ExoCoBio, age na superfície devolvendo hidratação e luminosidade. Com exossomos de rosa damascena, peptídeos e vitaminas em nanotecnologia na composição, o cosmético promove reparo da barreira cutânea e melhora do viço, potencializando os efeitos das tecnologias.

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