O Itaú Unibanco acredita que a taxa básica de juros da economia, a Selic, termina o ano que vem em 12,75%. A informação consta de relatório chamado Cenário Macro e vai assinado pelo economista-chefe do banco, Mário Mesquita. A análise foi tornada pública na última segunda-feira, 14. A taxa administrada pelo Comitê de Política Monetária, o Copom, está atualmente em 15% ao ano. A análise do banco privado indica, também, que o mercado começa a olhar para a próxima reunião do colegiado – ela ocorre no finzinho de julho, nos dias 29 e 30 de julho.
“Dada a incerteza elevada e os efeitos defasados da política monetária, o Copom deve ter encerrado o ciclo de alta na última reunião, no nível de 15,00%”, indica o relatório. Sobre o início do corte de juros, Mesquita entende e expressa no relatório que a faca vem apenas no primeiro trimestre do próximo ano. “Riscos seguem inclinados para um corte ainda mais tardio, salvo choques desinflacionários relevantes”.
Os investidores, profissionais ou não, acompanham a tendência da Selic de perto por conta do efeito que a taxa tem não apenas na economia de modo geral, mas nos investimentos. A Selic em patamares elevados como o atual, por exemplo, indicam que jogar parado na renda fixa continua – e ao que tudo indica continuará – sendo uma boa estratégia.
O relatório também mostra que o apetite tarifário de Donald Trump, que ameaça taxar em 50% as exportações brasileiras, deve interromper o ciclo de queda do dólar e gerar ainda ameaça ao desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), conforme mostrou o Radar Econômico.
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