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Itamaraty já enviou aos EUA pedido de telefonema entre Trump e Lula

Não muito depois do rápido papo entre Lula e Donald Trump na ONU, a embaixada brasileira em Washington enviou uma nota verbal – tipo de comunicação diplomática – ao Departamento de Estado americano pedindo a realização de um telefonema entre os dois presidentes ao longo desta semana.

Até esta segunda-feira, seis dias depois de Trump elogiar a “química excelente” com o petista em Nova York, o órgão de política externa do governo dos Estados Unidos ainda não respondeu ao pedido do Itamaraty.

Vale lembrar que está à frente do Departamento de Estado o secretário Marco Rubio, filho de cubanos radicados em Miami, conhecido por defender e, no cargo atual, adotar uma postura “linha-dura” com governos latino-americanos não alinhados a Washington.

Pelo que se sabe da rápida interação entre Lula e Trump depois do discurso do petista nas Nações Unidas, o presidente americano propôs uma “reunião” presencial, e não um telefonema – ainda que esse seja o formato a que o Itamaraty tem se referido para a conversa inicial.

Desde então, o governo brasileiro passou a demonstrar, nos bastidores, interesse em que o encontro entre os dois ocorra às margens da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), em 26 de outubro, na Malásia.

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Alguns interlocutores do Itamaraty argumentam, contudo, que, para isso ser possível, é preciso que Lula e Trump se falem ainda esta semana ao telefone, para que o brasileiro expresse diretamente ao americano a vontade de se reunir com ele na capital malaia.

Essa ala da diplomacia acrescenta que seria um gesto importante, nesse eventual telefonema, Lula propor a formação de um grupo de trabalho com técnicos dos dois países para preparar o terreno para o encontro presencial em relação a temas como minerais críticos e tarifas comerciais.

Se a tentativa de viabilizar o telefonema fracassar, há um temor de que a narrativa “linha-dura” de Rubio volte a ganhar tração e coloque a perder o princípio de reaproximação ensaiado com o rápido bate-papo na ONU – de resto, fruto principalmente de esforços do setor privado.

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