As Forças de Defesa de Israel (IDF) comunicaram neste domingo, 3, o recebimento de três caixões de reféns israelenses entregues pelo Hamas à Cruz Vermelha na região Sul da Faixa de Gaza. Os restos mortais foram encaminhados para o Centro Nacional de Medicina Legal do Ministério da Saúde para identificação. Segundo o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, “após a conclusão do processo de identificação, suas famílias serão notificadas formalmente”. Até este sábado, 1º, era esperada a devolução de 11 corpos.
Em publicação no X, o gabinete informou que o esforço para recuperar os reféns “continua e não cessará até que o último refém seja devolvido”. Neste sábado, o governo de Israel rejeitou três corpos entregues à Cruz Vermelha após constatar, em análises do Instituto Forense de Abu Kabir, em Tel Aviv, que eles não pertenciam aos reféns que integram a lista de vítimas que ainda não foram devolvidas.
Na última sexta-feira, 31, foi confirmada a identidade de dois reféns israelenses que tiveram os corpos devolvidos pelo Hamas. Com a identificação de Amiram Cooper, de 84 anos, e Sahar Baruch, de 25 anos, chegou a 17 o número de vítimas fatais entregues para Israel.
Netanyahu não se manifestou sobre os reféns, mas, nas redes sociais, fez um comentário citando o Hamas e outros grupos terroristas. “Israel continua a combater o Hamas, o Hezbollah e o eixo iraniano e a proteger os seus soldados e cidadãos israelenses”.
Acordo por cessar-fogo
Após dois anos de guerra, um acordo assinado em outubro deste ano deu início às medidas para um cessar-fogo de Israel na região da Faixa de Gaza. Com a assinatura, houve a devolução de 20 reféns sobreviventes que foram sequestrados em 7 de outubro de 2023 em troca de 1.900 palestinos detidos em prisões israelenses.
Apesar do acordo, Gaza já foi bombardeada três vezes sob a alegação de que as ações tinham como foco instalações do Hamas que poderiam ser usadas contra as tropas de Israel.