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Israel promete ‘furacão’ de ataques a Gaza para forçar Hamas a aceitar rendição

Israel afirmou nesta segunda-feira, 8, que intensificaria os ataques aéreos contra a Faixa de Gaza, um “furacão poderoso” com objetivo de forçar o Hamas a se render e libertar todos os reféns ainda em cativeiro. Do contrário, o enclave seria completamente destruído, indicaram autoridades do país.

“Um poderoso furacão atingirá os céus da Cidade de Gaza hoje, e os telhados das torres de controle do terrorismo tremerão”, escreveu o Ministro da Defesa israelense, Israel Katz, no X (ex-Twitter). “Este é um aviso final aos assassinos e estupradores do Hamas em Gaza e nos hotéis de luxo no exterior: libertem os reféns e deponham suas armas — ou Gaza será destruída e vocês serão aniquilados”, acrescentou.

Moradores da Cidade de Gaza afirmaram à agência de notícias Reuters que as forças israelenses bombardearam as ruas com aviões e tanques. A publicação de Katz apareceu antes de um ataque a tiros em um ponto de ônibus em Jerusalém, que matou seis pessoas. O Hamas elogiou os agressores.

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Nova proposta de cessar-fogo

O Hamas, que havia aceitado um plano de cessar-fogo feito pelo Egito e Catar, disse estar estudando agora uma nova proposta dos Estados Unidos, apresentada no domingo 8 pelo presidente Donald Trump — com um alerta de que esta seria “última chance” do grupo terrorista para fechar uma trégua.

De acordo com a Reuters, a mais recente proposta exige que o Hamas devolva a Israel os 48 reféns, cerca de 20 dos quais ainda estão vivos, todos de uma vez no primeiro dia de um cessar-fogo. Durante a pausa nas hostilidades, seriam realizadas negociações para encerrar a guerra. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, afirmou nesta segunda-feira que o governo aceitou o projeto americano.

O grupo palestino há muito tempo afirma que pretende manter pelo menos alguns reféns até que as negociações sejam concluídas. Em um comunicado, afirmou estar comprometido em libertar todos os reféns mediante um “anúncio claro do fim da guerra” e a retirada das forças israelenses de Gaza.

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Ao longo do conflito, os esforços para negociar o fim da guerra fracassaram devido à condição imposta por Israel de que o Hamas libertasse todos os reféns, se rendesse e entregasse as armas. O grupo afirma que não o fará até que os palestinos tenham um Estado independente.

Ofensiva à Cidade de Gaza

No mês passado, Israel lançou um grande ataque à Cidade de Gaza, cujas ruínas ainda são lar de cerca de 1 milhão de pessoas — uma espécie de enorme campo de refugiados que reúne tanto habitantes de lá quanto os deslocados de outras cidades ainda mais destruídas do enclave.

Habitantes locais relataram bombardeios por ar e terra em vários bairros, bem como explosões de veículos blindados que destruíram casas em Sheikh Radwan, Zeitoun e Tuffah. Nesta segunda-feira, ao menos 12 pessoas morreram, entre elas o jornalista Osama Balousha. Quase 250 profissionais da imprensa perderam a vida durante a guerra, que já virou o conflito mais mortal da história do planeta para membros da mídia.

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A guerra começou com um ataque de terroristas liderados pelo Hamas a comunidades no sul de Israel em 7 de outubro de 2023. Os agressores mataram 1.200 pessoas e levaram mais de 250 reféns para Gaza. A maioria dos reféns foi libertada em um cessar-fogo em novembro de 2023 e outro, entre janeiro e março deste ano. Mas o grupo manteve os outros como moeda de troca nas negociações.

O ataque israelense reduziu grande parte do enclave a escombros e causou uma catástrofe humanitária. Quase 63 mil palestinos foram mortos, de acordo com autoridades de saúde em Gaza. Quase 400 deles morreram de desnutrição e fome, situação que tomou conta do território de forma generalizada, segundo as Nações Unidas.

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