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Israel intercepta nova flotilha com destino a Gaza; Mais de 100 ativistas são detidos

Nove embarcações pertencentes à Flotilha da Liberdade e das Mil Madleens foram interceptadas pela Marinha de Israel nesta quarta-feira, 8, enquanto tentavam romper o bloqueio naval imposto à Faixa de Gaza. Em declaração à agência de notícias AFP, a organização Road to Gaza, responsável por preparar a iniciativa semelhante a outra vista na semana passada, disse que a frota, composta por um grande navio de passageiros e oito veleiros menores, foi interceptada a cerca de 220 km da costa de Gaza.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores israelense, todas as 140 pessoas que participaram da ação foram detidas. Não houve feridos. Entre os tripulantes estavam pelo menos um membro do Parlamento Europeu, órgão legislativo da União Europeia, e vários legisladores oriundos da Turquia, França, Dinamarca e Bélgica.

Os ativistas serão levados para Israel, onde passarão pelos procedimentos necessários para a deportação. De acordo com os organizadores da flotilha, as prisões são “arbitrárias e ilegais”, por terem ocorrido em águas internacionais. A frota tinha o objetivo de levar alimentos e ajuda médica à população palestina.

A iniciativa foi definida pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel no X (ex-Twitter) como “outra tentativa inútil de violar o bloqueio naval legal e entrar em uma zona de combate” que “não resultou em nada”.

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O episódio foi condenado publicamente pela Turquia, que definiu as ações de Israel como um “ato de pirataria”. Ancara acusou Tel Aviv de aumentar as tensões na região, tentar minar os esforços de paz e, em comunicado, disse estar coordenando esforços junto a outros países para libertar os ativistas detidos.

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Na semana passada, uma flotilha com mais de 40 embarcações e quase 500 tripulantes havia sido detida pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em ingês). A Flotilha Global Sumud contava com nomes conhecidos como a ativista sueca Greta Thunberg, a parlamentar europeia Rima Hassan, e ao menos treze brasileiros, entre eles o ativista Thiago Ávila e a deputada Luizianne Lins (PT-Ceará). 

A interceptação repercutiu ao redor do globo, com a eclosão de protestos pró-Palestina em cidades como Paris, Atenas, Roma, Buenos Aires e Istambul, e uma movimentação por parte de parlamentares europeus para exigir a libertação imediata dos ativistas detidos.

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