O conflito em Gaza se intensificou neste domingo, 14, com ataques israelenses a quatro torres no bairro Tel al-Hawa, incluindo a Mahna Tower e a Kawthar Tower. Segundo o Exército de Defesa de Israel (IDF), os prédios eram usados pelo Hamas para instalar equipamentos de vigilância e postos de observação, monitorando tropas israelenses e planejando ataques. Os bombardeios ocorreram após avisos prévios de evacuação emitidos pelo IDF.
De acordo com o Exército, dezenas de membros de grupos armados foram mortos nas últimas 24 horas, e mais de 300 mil dos aproximadamente 1 milhão de moradores da Cidade de Gaza já deixaram a região rumo ao sul da Faixa de Gaza. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram a Mahna Tower sendo atingida, com moradores correndo em pânico.
Além das torres, o IDF destruiu o edifício al-Munawwarah City, no campus da Universidade Islâmica de Gaza, alegando que também era usado pelo Hamas para monitorar movimentos militares. A torre Kawthar desabou cerca de uma hora após o aviso de evacuação, sem confirmação imediata de vítimas. A Mahna Tower e o edifício da universidade foram atingidos na sequência, segundo o IDF.
Enquanto isso, hospitais em Gaza relataram pelo menos 13 mortes nos ataques deste domingo, incluindo uma família de cinco pessoas que havia fugido da Cidade de Gaza para Deir al-Balah. No sábado, outras 47 pessoas foram mortas em ataques aéreos, segundo autoridades de saúde controladas pelo Hamas.
O IDF afirmou que o ataque faz parte de uma ofensiva maior para assumir o controle da Cidade Gaza, considerada um dos últimos redutos do Hamas. As forças israelenses mobilizaram dezenas de milhares de reservistas e instruíram os civis a se deslocarem para áreas humanitárias no sul da Faixa de Gaza, embora organizações internacionais alertem que a evacuação massiva agrava a crise humanitária local.
O exército também relatou operações em áreas periféricas de Gaza, incluindo Jabalia e Sheikh Radwan, onde tropas de brigadas de infantaria e artilharia eliminaram dezenas de combatentes do Hamas e destruíram depósitos de armas e equipamentos de vigilância. Entre os alvos estavam membros envolvidos no ataque a Israel em outubro de 2023, incluindo comandantes de células terroristas.
