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Israel está cometendo genocídio em Gaza, diz associação de acadêmicos referência no tema

A Associação Internacional de Acadêmicos de Genocídio (IAGS, na sigla em inglês) afirmou, em resolução divulgada no domingo 31, que Israel está cometendo genocídio em Gaza. Segundo a entidade, considerada a principal referência mundial no estudo do tema, as políticas e ações adotadas por Tev Aviv correspondem à definição legal do crime estabelecida pelas Nações Unidas.

“Esta é uma declaração definitiva de especialistas na área de estudos de genocídio de que o que está acontecendo em Gaza é genocídio”, afirmou a presidente da IAGS, Melanie O’Brien, em entrevista à agência de notícias Reuters. No total, 86% dos eleitores entre os 500 membros do grupo concordam com o posicionamento da entidade.

O documento pede que o governo israelense cesse imediatamente as ações que constituem genocídio, incluindo o que caracterizaram como ataques deliberados contra civis, promoção da fome e privação de ajuda humanitária. Essa é a nona resolução aprovada pela IAGS a reconhecer um episódio (histórico ou em andamento) como genocídio deste a fundação da instituição, em 1994.

Segundo a Convenção da ONU sobre Genocídio, criada em 1948 como resposta ao Holocausto, o crime é definido como ações orquestradas com a intenção de “destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso”.

Entre os atos que constituem esse tipo de crime, o texto aponta: o assassinato de membros da comunidade, imposição de danos físicos ou mentais, impedir o nascimento de crianças pertencentes àquele grupo ou transferir compulsoriamente a guarda de menores de idade para outros grupos.

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Até o momento, Israel não se posicionou sobre a resolução, embora já tenha negado veementemente acusações anteriores de genocídio, afirmando que todas as ações militares em Gaza são em legítima defesa. Neste momento, Tel Aviv enfrenta uma acusação de crimes contra a humanidade no Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia.

“Esta prestigiosa posição acadêmica reforça as evidências e os fatos documentados e apresentados perante tribunais internacionais”, declarou Ismail Al-Thawabta, diretor do escritório de mídia do Hamas, que controla a Faixa de Gaza.

O enclave palestino é palco de violentos confrontos desde outubro de 2023, quando militantes do Hamas executaram 1.200 israelenses durante um ataque a comunidades localizadas na fronteira entre os territórios. A organização também capturou mais de 250 reféns.

Desde então, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) desencadearam uma ofensiva brutal em Gaza, com mais de 63 mil mortos até o momento. A ação militar destruiu a infraestrutura local, instaurou um cenário de fome generalizada e deslocou de maneira compulsória quase todos os 2,3 milhões de habitantes do enclave.
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