Aviões israelenses bombardearam nesta quinta-feira, 25, a capital do Iêmen, Sanaa, em resposta a uma investida na véspera em que rebeldes hutis lançaram drones contra a cidade israelense de Eilat, no Mar Vermelho, deixando vinte feridos. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), dezenas de caças atingiram supostos quartéis-generais de comando do grupo, depósitos de armas e instalações de propaganda militar.
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Um porta-voz militar em Tel Aviv confirmou que a ofensiva envolveu caças e unidades de apoio e teve como alvo “complexos de segurança e inteligência” dos hutis. Em publicação no X (antigo Twitter), o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou que os bombardeios foram “poderosos” e resultaram na morte de “dezenas de terroristas”. Já a imprensa iemenita relatou apenas duas mortes e 48 feridos.
O ataque ocorreu no momento em que o líder rebelde Abdel-Malik al-Houthi fazia um discurso televisionado acusando Israel de “agressão brutal e genocídio” contra os palestinos em Gaza — conflito que completará dois anos daqui duas semanas. Ele também criticou o veto dos Estados Unidos a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que pedia cessar-fogo imediato e o fim das restrições à entrada de ajuda humanitária no enclave.
A ofensiva israelense em Sanaa foi uma retaliação direta ao ataque de quarta-feira 24, quando um drone lançado do Iêmen atingiu a cidade turística de Eilat, perto das fronteiras com Egito e Jordânia, deixando ao menos 20 feridos. O episódio se somou a uma escalada que já havia levado Israel a bombardear doze vezes o porto estratégico de Hodeidah só nesta semana.
Desde outubro de 2023, com o início da guerra em Gaza, os hutis intensificaram o disparo de mísseis e drones contra Israel e contra embarcações no Mar Vermelho, em apoio declarado aos palestinos. Esses ataques têm provocado sucessivas retaliações não apenas de Israel, mas também dos Estados Unidos e do Reino Unido. No início de setembro, bombardeios israelenses contra Sanaa e a província de al-Jawf deixaram mais de 40 mortos, entre eles jornalistas e crianças.
