O ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto afirmou nesta segunda, em depoimento à CPMI encarregada de investigar a fraude bilionária a aposentados e pensionistas, que a autarquia “é muito maior que o desconto associativo” – referindo-se ao método usado, segundo a PF, por empresários, intermediários e entidades para praticar crimes.
“Se fraudes foram cometidas – porque eu sou jurista; o princípio da inocência presumida deve ser respeitado – , se fraudes foram feitas, que se punam aqueles que praticaram as fraudes. Mas não podemos, aqui, condenar o INSS e não falar que o INSS é um órgão de excelência para muita coisa”, disse Stefanutto.
Em uma fala inicial antes do interrogatório, o ex-chefe da autarquia disse que recebeu, durante sua gestão, deputados do PL em seu gabinete, com os quais acertou iniciativas do INSS nos estados dos parlamentares, como mutirões de atendimento. “São deputados que se preocupam com o segurado, com o brasileiro pobre que está ali.”
Stefanutto declarou que, ao assumir a presidência do órgão, recebeu a orientação do então ministro da Previdência Carlos Lupi e do presidente Lula de atender a todos os parlamentares, sem importar a bandeira política. “Acima de tudo” está atender aos brasileiros, disse.
