A ampliação de itens isentos da tarifa de 40% imposta pelos Estados Unidos ao Brasil faz com que 37,1% das vendas brasileiras ao mercado norte-americano (15,7 bilhões de dólares) fiquem livres de taxas adicionais.
Com a medida, pela primeira vez desde agosto, o volume exportado isento das sobretaxas supera aquele submetido à tarifa cheia de 50%, que atinge 32,7% das exportações, mostra um estudo da CNI. Os cálculos consideram dados de 2024, com base em estatísticas da Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos.
A decisão do governo de Donald Trump de remover a tarifa para a compra de 238 produtos brasileiros, como carne bovina, café e cacau, insumos comuns da cesta de consumo da população americana, foi divulgada na quinta. Ainda assim, 62,9% das vendas brasileiras aos EUA permanecem sujeitas a algum tipo de tarifa adicional, considerando tanto as medidas horizontais quanto as setoriais, como as aplicadas para aço e alumínio.
“Setores muito relevantes, como máquinas e equipamentos, móveis e calçados, que tinham os EUA como principais clientes externos, ainda não entraram na lista de exceções. O aumento das isenções é um sinal muito positivo de que temos espaço para remover as barreiras para outros produtos industriais. Esse é nosso foco agora”, diz o presidente da CNI, Ricardo Alban.