Com o aumento das tarifas de importação nos Estados Unidos e a consequente queda de 30% nas exportações brasileiras para aquele mercado, a indústria nacional de dispositivos médicos intensifica sua estratégia de diversificação internacional. Empresas do setor ampliam presença em polos estratégicos como China, Japão e Índia, buscando reduzir a dependência de poucos destinos e reforçar a competitividade da saúde feita no Brasil. Entre janeiro e agosto de 2025, as exportações somaram 761,7 milhões de dólares, alta de 6,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, com a Ásia respondendo por 7,2% das vendas externas.
Casos recentes ilustram esse movimento: a Hpbio conquistou registro para sua válvula programável no mercado chinês de neurocirurgia, após cinco anos de processo regulatório, enquanto a Alliage assumiu os negócios da japonesa PreXion, referência mundial em tomógrafos odontológicos. “A estratégia da indústria brasileira não é substituir mercados, e sim diversificar sua atuação internacional. A Ásia reúne países que investem fortemente em inovação em saúde e valorizam qualidade”, diz Larissa Gomes, Gerente de Projetos e Marketing da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo).