A produção industrial brasileira avançou em 8 dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram dados divulgados nesta terça-feira (9). Os melhores desempenhos foram em Goiás (6,5%), Mato Grosso (5,8%), Amazonas (4,1%). Do outro lado, os estados do Rio Grande do Sul (-5,7%), Espírito Santo (-1,7%) e Pará (-1,4%) tiveram os piores desempenhos.
A produção industrial em outubro apresentou variação de 0,1% na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral mostrou variação positiva de 0,1% no trimestre encerrado em outubro de 2025 frente ao nível do mês anterior.
O estado de Goiás acumula ganho de 11,6% em quatro meses consecutivos de crescimento na produção. Já Mato Grosso está com o terceiro resultado positivo seguido e registrando avanço de 8,1% nesse período. O Amazonas avança 14,7% nos meses de setembro e outubro de 2025.
Por outro lado, Rio Grande do Sul (-5,7%) apontou o recuo mais elevado nesse mês e interrompeu três meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou ganho de 10,8%. Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, onze dos quinze locais pesquisados apontaram resultados positivos nesse mês.
Na leitura dos resultados negativos, a indústria de São Paulo destaca-se como a principal influência. Local que detém a maior concentração industrial (aproximados 33%), São Paulo recuou 1,2% nesse mês, sob influência principalmente dos setores derivados do petróleo e de alimentos.
Desempenho da indústria ao ano
No acumulado no ano, houve expansão de 0,8%, com resultados positivos em 10 dos 18 locais pesquisados. Espírito Santo (8,6%), Rio de Janeiro (4,6%) e Pará (3,8%) assinalaram os avanços mais acentuados para os dez meses do ano.
“Os resultados foram impulsionados, em grande parte, pelas atividades de indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo, minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e gás natural)”, diz o IBGE.
Por outro lado, Mato Grosso do Sul (-13,5%) e Rio Grande do Norte (-12,7%) assinalaram recuos de dois dígitos e os mais elevados no índice acumulado para o período janeiro-outubro de 2025. Esse números foram pressionados, principalmente, pelo comportamento negativo vindo das atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico).
No acumulado em 12 meses, a produção industrial cresceu 0,9%, mas prosseguiu assinalando perda de ritmo frente aos índices dos meses anteriores. Em termos regionais, onze dos dezoito locais pesquisados registraram taxas positivas em outubro de 2025, mas doze apontaram menor dinamismo frente aos índices de setembro último.