A bolsa de valores recua nesta sexta-feira, 18, em mais um dia repleto de notícias importantes vindas de Brasília. Pela manhã, e antes da abertura do mercado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a execução de operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que agora terá de usar tornozeleira.
Houve também uma busca na residência do político na capital federal. Ao fato político soma-se a incerteza em torno da efetiva aplicação da tarifa de 50% às exportações brasileiras por parte de Donald Trump e das investigações anunciadas pelo governo norte-americano que afetam até o Pix.
Com isso, a bolsa de valores, em torno do meio do dia, acusava queda em torno de 0,40%.
A pontuação está atualmente em 135 mil pontos, trata-se de uma redução em relação ao teto obtido recentemente – de 141 mil pontos. Mas ainda representa um avanço em relação ao patamar do início do ano, que girava em torno de 120 mil pontos. Mas a incerteza recente, que mistura em uma trama intricada política interna, externa e economia, parece ter colocado uma barreira na disposição da bolsa de valores de manter o fôlego e superar a barreira simbólica dos 150 mil pontos.
Um exemplo é o desempenho recente do Ibovespa. Na semana passada, o índice de referência da bolsa de valores recuou 3,59% – e isso foi a maior queda semanal registrada desde a semana encerrada em 16 de dezembro de 2022. Nesta semana, até a quinta-feira, o índice experimentava nova queda acumulada, desta vez de 0,46%. Os dados são de Einar Rivero, fundador da Elos Ayta.
Desempenho das ações
Os papeis da Azul (AZUL4) tinham desempenho bastante ruim na sexta, com queda próxima aos 3%. Já os papeis pesos-pesados do Ibovespa apresentam comportamentos diferentes. A Vale (VALE3) crescia pouco 0,3%. E Petrobras caía pouco: cerca de 0,2%. Itaú, principal banco brasileiro e outra ação importante no Ibovespa, também recuava no pregão.

Selic e balanços
O mercado também começa a analisar e fazer apostas por conta da nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O colegiado do Banco Central ocorre no fim do mês. Também neste fim de julho de 2025 as empresas começam a divulgar seus balanços referentes ao segundo trimestre. Os bancos brasileiros, iniciam as divulgações no dia 30.