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Imagem revela dois buracos negros girando em espiral de morte

Pela primeira vez, astrônomos conseguiram registrar diretamente dois buracos negros supermassivos orbitando um ao redor do outro, em um movimento que os cientistas chamam de “espiral de morte”. A dupla foi observada no centro de uma galáxia conhecida como OJ 287, situada a cerca de 3,5 bilhões de anos-luz da Terra.

As imagens mostram dois jatos de partículas saindo dos buracos negros — um sinal de que ambos estão ativamente devorando matéria ao redor e liberando energia em altíssima velocidade. A descoberta, publicada no Astrophysical Journal, representa uma confirmação visual de um modelo teórico que há mais de quarenta anos tentava explicar o comportamento luminoso do quasar OJ 287.

Por que o evento é tão especial?

Quasares são galáxias extremamente brilhantes, alimentadas por buracos negros gigantescos que engolem matéria em um ritmo frenético. No caso de OJ 287, os cientistas suspeitavam, desde os anos 1980, que havia dois buracos negros em órbita, o maior com 18 bilhões de vezes a massa do Sol e o menor com cerca de 150 milhões de massas solares.

Durante anos, variações na luz emitida pela galáxia indicavam que o buraco negro menor atravessava periodicamente o disco de gás do maior — algo que só seria possível se ambos estivessem presos em uma dança gravitacional. Agora, com a nova imagem, essa hipótese foi finalmente confirmada.

Como foi possível observar algo tão distante?

Os pesquisadores usaram dados obtidos pelo observatório espacial RadioAstron, que combina antenas na Terra e no espaço para produzir imagens de altíssima resolução. A técnica é tão precisa que permitiria distinguir uma moeda deixada na superfície da Lua.

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Ao analisar novamente os registros feitos em 2014, a equipe conseguiu identificar um segundo jato alinhado exatamente onde deveria estar o buraco negro menor, de acordo com modelos teóricos. O jato principal se estende em diagonal pelo núcleo galáctico, enquanto o secundário aparece como um feixe mais fraco, ligeiramente inclinado — a prova de que há dois buracos negros ativos no mesmo sistema.

Os cientistas esperam produzir novos mapas de rádio da galáxia nos próximos anos para acompanhar a evolução dos jatos e confirmar a estabilidade da dupla. O próximo alinhamento, segundo os cálculos, deve ocorrer na década de 2030, quando o jato secundário voltará a ficar visível.

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